Tema: Um livro com a capa verde (ou em tons de verde)
Mês: Junho
Título: O Novo Grito do Ipiranga
Autora do livro: Valdirene do Carmo Ambiel
Editora: Linotipo Digital
Nº de páginas: 271
Ano de publicação no Brasil: 2017
Personagens: D. Pedro I, D. Leopoldina e D. Amélia
- Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
A imagem de D. Pedro I entre suas duas esposas: D. Leopoldina da Áustria e D. Amélia de Leuchtenberg
- O livro é sobre...
A exumação dos remanescentes humanos do primeiro Imperador do Brasil, D. Pedro, de sua primeira esposa, D. Leopoldina e de sua segunda esposa, D. Amélia.
- Eu escolhi esse livro porque...
Já tinha curiosidade em ler e saber como foram feitas as exumações e também porque faz parte do desafio que estou participando.
- A leitura foi...
Muito boa e de grande ensinamento, desmistificando algumas histórias que "aprendemos" na escola de forma errônea.
- O trecho do livro que merece destaque:
"Cabelo louro claro, cútis rosada, olhos azuis e um tanto obesa, essa era a descrição física de D. Leopoldina. Uma vez que é difícil analisar os padrões de beleza da épocas, não podemos concordar com a afirmação de Otávio Tarquínio de Souza, biógrafo de D. Pedro, de que ela seria uma '(...) louraça feianona (...)' e que '(...) o casamento fora um sacrifício mútuo (...)'. Essas afirmações podem ter sido feitas com base em ideologias para justificar as aventuras amorosas de D. Pedro. Sobre a alegada ausência de vaidade de D. Leopoldina, isso pode ser reflexo do clima e do relevo cariocas, uma vez que a princesa e depois imperatriz do Brasil era assídua companheira do marido em seus passeios a cavalo, que os levavam à Floresta da Tijuca e ao Corcovado. Sua pele clara logo ficou marcada pelo calor carioca. Já a respeito da obesidade, de 1817, quando chegou ao Brasil, até 1826, quando faleceu, D. Leopoldina ficou grávida oito vezes, incluindo dois abortos: um em 1820 e outro em 1826. Quanto à afirmação de Tarquínio de que o casamento representava um sacrifício para ambas as partes, não é o que a própria imperatriz dá a entender nas cartas que enviou ao pai. Na missiva de 12 de novembro de 1817, dias após sua chegada, ela escreveu: '(...) perdão pela letra ruim, mas meu infantil esposo está empurrando minha mão (...)'; e continua: 'Meu esposo me incumbe de lhe pedir que o faça comandante de um regimento hussardo', pedido que foi aceito por Francisco I que, depois de pedir as medidas de D. Pedro, o kaiser lhe enviou a farda, mostrando respeito pelo genro". pág. 38.
- A nota que dou para o livro:
4
- Sobre a autora:Valdirene do Carmo Ambiel é historiadora, formada no Centro Universitário Assunção (UNIFAI), SP, 2009. Mestra em Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, 2013. Doutoranda da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Foi auxiliar nas pesquisas do Projeto de Arqueologia Funerária no Mosteiro da Luz, nas escavações no cemitério interno do Mosteiro, em São Paulo. Trabalhou na Prospecção Arqueológica no Quartel da Luz, São Paulo e nas Pesquisas Arqueológicas e Antropológicas nos remanescentes humanos do Diplomata e Pai da História do Brasil, Francisco Adolfo de Varnhagem, Visconde de Porto Seguro, em 2016, no Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Sorocaba, como arqueóloga responsável, ao lado do médico legista e biólogo Dr. Luiz Roberto Fontes. (Informações retiradas da contracapa do livro).
