4 de maio de 2012

Desafio Literário 2012 - 1822

Queridos amigos e amigas, espero que estejam todos bem porque chegou a hora de mais uma resenha para o Desafio Literário 2012 - by Vivi. Esse mês o tema é Fatos Históricos e o primeiro livro escolhido foi 1822, do escritor paranaense Laurentino Gomes.
Ano passado li o primeiro livro de Laurentino Gomes, 1808, sobre a fuga da Família Real portuguesa para o Brasil (cuja resenha está em http://pontocruzpontocommisseseliteratura.blogspot.com.br/2011/05/desafio-literario-1808-livro-reportagem.html)  para o Desafio Literário 2011e fiquei encantada com a forma e a propriedade que o autor escreve e transmite seus conhecimentos. Esse ano não poderia ser outro o escolhido senão 1822 que narra como se deu a Indepenência do Brasil e quais personagens fizeram parte dessa história. Mais um show de bola de Laurentino Gomes. AMEI!

Tema: Fatos Históricos
Mês: Maio
Título: 1822
Autor do livro: Larentino Gomes
Editora: Nova Fronteira
Nº de páginas: 343

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
O que mais me chamou a atenção na capa foi o que está escrito abaixo do título... “Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar errado.”

O livro é sobre...
A Independência do Brasil

Eu escolhi esse livro porque...
Já havia lido o primeiro livro do autor, 1808 e gostei muito e poderia deixar de ler esse também. E não me arrependi...

A leitura foi...
Com muitas surpresas pelo caminho e com gosto de querer sempre avançar mais na leitura para saber o desfecho da situação.

O personagem que eu gostaria de conhecer é Imperatriz Leopoldina. Por quê?
Sem a ajuda da mulher, a Imperatriz Leopoldina, D. Pedro não teria dado o famoso Grito do Ipiranga (que na verdade nunca existiu) e não teria havido a Independência do Brasil (leiam o livro que vocês entenderão melhor o que estou falando).

O trecho do livro que merece destaque:

“Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo, primeira imperatriz brasileira, tinha tudo o que o marido, D. Pedro I, valorizaria numa mulher, menos o fundamental: beleza e sensualidade. Mulher certa casada com o homem errado, Leopoldina reunia um conjunto notável de virtudes no campo do saber, da educação, das boas maneiras e da sensatez na forma de agir. Tinha nascido no berço mais dourado da época: a corte da Áustria, uma das mais ilustres e bem-educadas da Europa. Herdeiro do antigo Sacro Império Romano, seu pai, o imperador Francisco I, ocupava um trono que nos 350 anos anteriores pertencera à mesma linhagem, a dos Habsburgo.” – pág. 127

“No final da tarde do dia 4 de abril de 1819, Domingo de Ramos, fogos de artifício lançados da Quinta da Boa Vista e do Morro do Castelo anunciaram a grande notícia: Pedro e Leopoldina finalmente eram pais. A primeira princesa nascida no Brasil e futura rainha de Portugal foi batizada com o nome de Maria da Glória. Por determinação do senado das Câmara (equivalente à atual câmara municipal), naquela noite os moradores da cidade colocaram luminárias nas janelas. ‘É forte, cheia de charme e a cara do pai’, escreveu Leopoldina à tia. Contava também que a vida do casal agora se resumia a cuidar da filha, que passava de braço em braço. ‘Estou vivendo uma felicidade perfeita, numa quietude que eu amo, cuidando da minha filha e vivendo somente para meu esposo e meus estudos’, anotou. ‘Sou muito, muito feliz e contente’. Depois de Maria da Glória, Leopoldina daria a D. Pedro mais seis filhos, um por ano:
- Em 1820, Miguel, morto ao nascer;
- Em 1821, João Carlos, morto aos 11 meses;
- Em 1822, Maria Januária Carlota, que viveu até 1901;
- Em 1823, Paula Mariana, morta dez anos mais tarde;
- Em 1824, Francisca Carolina Joana, falecida em 1898;
- Em 1825, Pedro de Alcântara, o imperador Pedro II do Brasil, morto em 1891, dois anos depois da Proclamação da República.” – pág. 134-135

“Em dezembro de 1826, enquanto a imperatriz agonizava no Palácio da Quinta da Boa Vista, a marquesa de Santos tentou usar a prerrogativa de dama da corte para entrar no quarto. Foi barrada na porta pela marquesa de Aguiar e pelo ministro Francisco Vilela Barbosa, marquês de Paranaguá. ‘Por favor minha senhora, aqui não’, teria dito o marquês. Ofendida, Domitila se retirou, mas queixou-se a D. Pedro, que, em represália, demitiu Vilela Barbosa do ministério e puniu todos os funcionários envolvidos no episódio. A morte de Leopoldina, porém, foi um golpe fatal no romance do imperador com a marquesa.” – pág. 274

A nota que eu dou para o livro
5 – Adorei.
Sobre o autor: Autor do livro 1808, sobre a fuga da família real portuguesa para o Brasil, o escritor Laurentino Gomes ganhou o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em duas categorias: Melhor Livro-reportagem e livro do Ano de Não Ficção. Sua obra também foi eleita o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras e permaneceu três anos consecutivos na lista dos livros mais vendidos de Portugal e do Brasil. Nascido em Maringá, é formado em jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com Pós Graduação em Administração pela Universidade de São Paulo. Trabalhou como repórter e editor para o jornal O Estado de São Paulo, e a revista Veja e foi diretor da Editora Abril. É membro titular da Academia Paranaense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

4 comentários:

  1. Parabéns por sua resenha, estou programando ler esse livro também esse mês, só que irá depender do dia em que ele vai chegar para mim.Gostei da forma que você resenha, na minha próxima resenha estarei adotando esse modelo.

    Um xero!

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  2. Olá Ana Paula, tudo bem? Seja bem vinda ao blog. Gosto muito desse modelo de resenha, acho mais prático e você dá sua opinião sem se perder nas palavras.

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  3. Gostei da sua resenha. Tenho esse livro e o 1808 em casa e ainda não tive coragem de ler, porque não tenho o hábito de ler não-ficção, mas pelos trechos que você selecionou parece ser uma leitura bem agradável.

    Beijos

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  4. Oi Lígia, leia os livros, você não vai se arrepender. Além de ser uma ótima fonte de pesquisa.
    Boas leituras e obrigada pela visita.

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