18 de julho de 2016

Cecília Meireles - Biografia

Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão.

Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu em 07 de novembro de 1901, na Tijuca, no Rio de Janeiro. Seu pai era funcionário do Banco do Brasil e faleceu três meses antes de Cecília nascer. Sua mãe era professora primária e faleceu quando Cecília tinha apenas três anos de idade. Cecília foi a única sobrevivente dos quatro filhos do casal. Concluiu seus primeiros estudos - curso primário - em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal. Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais..." e "Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei", em 1925. Casa-se em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe deram cinco netos. Publica, em Lisboa, Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo. Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se novamente, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo. A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia. Aposenta-se em 1921 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro. Falece no Rio de Janeiro em 09 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

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