30 de janeiro de 2012

Autor Europeu - Um Desafio Realmente Desafiante

Queridos e queridas, estou postando a resenha o primeiro livro que escolhi para ler no Desafio Realmente Desafiante, do blog da Clícia. Para o mês de janeiro era para escolher o livro de um autor europeu. Escolhi dom Quixote, de Miguel de Cevantes.

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote. Rio de janeiro: Ediouro, 2005. 186p.

Personagens:
Dom Quixote de La Mancha – nome adotado por um ingênuo senhor rural. Representa o lado espiritual, sublime e nobre da natureza humana.
Sancho Panza – camponês ignorante e muito leal tomado como escudeiro por dom Quixote. Representa o lado materialista, rude e animal do ser humano.
Ambos, Dom Quixote e Sancho Panza representam a dualidade do ser, voltado para o céu e preso a terra.
Dulcinea Del Toposo – jovem camponesa objeto da devoção do ideal cavalheiresco do nobre sonhador.
Rocinante – cavalo decrépito usado por Dom Quixote em suas andanças.
A história mostra um ingênuo senhor rural cujo passatempo favorito era a leitura de livros de cavalaria. Na sua obsessão, acreditava literalmente nas aventuras descritas e decide tornar-se um cavaleiro andante.
Suas viagens sucederam-se sob a alucinação de que estava vivendo na era da cavalaria; pessoas que encontrava nas estradas pareciam-lhe como cavaleiros em armas, damas em apuros gigantes e monstros; até moinhos de vento na sua imaginação eram seres vivos.
Combatendo as injustiças o personagem enfrenta situações penosas e ridículas, mantendo, porém uma figura nobre e patética.  
Ao final da segunda parte Dom Quixote volta à razão, renuncia aos romances de cavalaria e morre como piedoso cristão.

Trechos da obra:
“A batalha dos moinhos de vento”:
Em suas andanças dom Quixote encontra moinhos de vento que na sua alucinação são tomados por cavaleiros em armas, por gigantes que ameaçam sua adorada Dulcinea. Sancho alerta Dom Quixote para o engano.
Dom Quixote aproximou-se dos moinhos e com  pensamento em sua adorada Dulcinea Del Toboso, a qual dedicava suas façanhas, arremeteu de lança em riste contra o primeiro moinho. O vento ficou mais forte e lançou o cavaleiro para longe. Sancho socorreu-o e reafirmou que eram apenas moinhos. Dom Quixote respondeu que era Frestão quem tinha transformado os gigantes em moinhos.

A batalha contra o “exército de ovelhas”
Neste capítulo, é relatado uma das aventuras de Dom Quixote, o encontro com dois rebanhos de ovelhas. O cavaleiro, com todo o seu sonho, criou paisagens, personagens que não existiam, atribuindo-lhes armas, coroas, escudos que na verdade não existiam.
Foi então que o “herói” avançou em direção ao rebanho e, como sempre foi surrado pelos pastores e pelas próprias ovelhas.

Sancho Panza conquista suas ilhas prometidas
Desacreditado em receber sua ilha, Sancho Panza ganhou-a com muito orgulho. Pelo fato de acreditar e acompanhar um cavaleiro tinha muito prestígio na sociedade.
Sancho Panza resolveu vários problemas durante seu curto encontro com o poder, mas a população, que estava apenas fazendo uma brincadeira com o escudeiro, afetou os sentimentos do “governador”, fazendo-o abdicar do cargo e voltar a sua vida antiga.

Causas do surgimento de Dom Quixote
Perda da riqueza – Dom Quixote era um fidalgo, filho de pais ricos. No entanto, durante sua vida, ele vai perdendo sua riqueza, pagando dívidas e comprando livros. Por isso, mergulha na literatura em busca da solução desta dificuldade, até demais.  
 Mudança em sua vida – além de perder sua riqueza, Dom Quixote a nosso ver, começa a agir como um cavaleiro em busca de uma mudança, uma nova vida. Ele já tinha uma idade relativamente avançada e vivia muito só. Por isso deixa-se levar por imaginação e passa a viver num mundo ilusório, fantasioso.

Conseqüências da “loucura” de Dom Quixote
Lesão às pessoas – ao agir como Dom Quixote, o cavaleiro não distinguia as pessoas com quem encontrava, prejudicando algumas e, conseqüentemente,  auxiliando outras, física e financeiramente.

Perda da história – quando os amigos de Dom Quixote descobrem a causa de sua “insanidade”, decidem por acabar de vez com ela, queimando todas as suas novelas de cavalaria.
Por outro lado, ao agir desta forma, a sociedade comprova seu poder, eliminando algo que possa causar mais problemas futuros, que possa incomodá-la.

Sobre o autor: Nascido em Alcalá de Henares, Espanha, em 1547, Miguel de Cervantes Saavedra passou a infância em Valladolid. Após estudar em Madri e Sevilla, ingressou na carreira militar aos 24 anos e combateu em Lepanto, ocasião em que perdeu os movimentos da mão esquerda. Em 1575, foi aprisionado por corsários  e levado a Argel, onde ficou em cativeiro por cinco anos.
De volta a Madri, casou-se com Catalina de Salazar, em 1584. Publicou Numancia e A Galatéia. Sem sucesso com sua produção literária, passou por dificuldades financeiras até ser nomeado inspetor de impostos de Filipe III.
Somente em 1605 escreveu sua grande obra-prima: Dom Quixote. Consagrado como precursor do romance moderno, ao introduzir ironia e humor em suas histórias, Cervantes pôde enfim dedicar-se exclusivamente à literatura.
Sua produção posterior – Novelas exemplares, Viagem ao Parnaso, Oito comédias e oito intermédias – não obteve tanta repercussão quanto Dom Quixote. Faleceu em Madri, em abril de 1616.

Um comentário:

  1. Olá!

    Ehhh! Desafio de janeiro superado! Nunca li esse livro, já comecei mas abandonei! Quem sabe um dia eu pegue ele novamente!

    Bjinhos
    Psiu!
    Silêncio Que Eu To Lendo!

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