16 de dezembro de 2012

Desafio Literário 2012 - A Mensageira das Violetas (Antologia)

Olá meus queridos amigos e amigas, dando continuidade as resenhas aqui do Blog, hoje é a vez de conhecermos a poesia de mais uma portuguesa: Florbela Espanca. Essa poetisa já esteve por aqui logo que iniciei o Cantinho da Poesia (acessem o link e vejam http://pontocruzpontocommisseseliteratura.blogspot.com.br/2011/02/fanatismo-florbela-espanca.html). E hoje ela retorna para o Desafio Literário desse mês, que é o ultimo livro lido do ano para esse Desafio.
Aproveito para agradecer a Vivi, idealizadora desse Projeto chamado Desafio Literário que abrange vários temas, e que nos possibilita o conhecimento através de leituras que talvez eu jamais fizesse.
Obrigada Vivi, obrigada equipe do Desafio Literário. Agora vamos a resenha...



Tema: Poesia
Mês: Dezembro

Título: A Mensageira das Violetas
Autor do livro: Florbela Espanca

Editora: L & PM Pocket
Nº de páginas: 75

 
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...

A princípio pensei que se tratasse de poemas de teor mais sensual, pois na capa contém uma mulher nua. Felizmente não era...

O livro é sobre...

Coletânea de poemas da poetisa portuguesa Florbela Espanca.

Eu escolhi esse livro porque...

Nunca tinha lido nenhum livro dessa poetisa, escolhi principalmente por causa do Desafio.

A leitura foi...

Foi agradável, apesar de ter algumas passagens que achei um tanto deprimente, talvez devido à situação pela qual a autora estava passando na época em escreveu tais poemas...

O personagem que eu gostaria de xxxxx é xxxxxx. Por quê? xxxxx

O trecho do livro que merece destaque:

Eu...

Eu sou a que no mundo anda perdida,

Eu sou a que na vida não tem norte,

Sou a irmã do sonho, e desta sorte

Sou a crucificada... a dolorida...

 
Sombra de névoa tênue e esvaecida,

E que o destino amargo, triste e forte,

Impele brutalmente para a morte!

Alma de luto sempre incompreendida!...
 

Sou aquela que passa e ninguém vê...

Sou a que chamam triste sem o ser...

Sou a que chora sem saber por quê...

 
Sou talvez a visão que alguém sonhou.

Alguém que veio ao mundo pra me ver

E que nunca na vida me encontrou! – pág. 27

 
Conto de Fadas

Eu trago nas mãos o esquecimento

Das horas más que tens vivido, amor!

E para as tuas chagas o ungüento

Com que sarei a minha própria dor.

 
Os meus gestos são ondas de sorrento,,,

Trago no nome as letras de uma flor...

Foi dos meus olhos garços que um pintor

Tirou a luz para pinta o vento...


Dou-te o que tenho: o astro que dormita,

O manto dos crepúsculos da tarde,

O sol que é d’ouro, a onda que palpita.


Dou-te comigo o mundo que Deus fez!

Eu sou aquela de quem tens saudade,

A princesa do conto: “Era uma vez...” – pág. 66

A nota que eu dou para o livro:

4 – Gostei bastante.

Sobre a autora: Florbela (d’Alma da Conceição) Espanca nasceu em Vila Viçosa, no Alentejo, a 08 de dezembro de 1894, filha de Antônia da Conceição Lobo e João Maria Espanca. Frequentou o curso primário em Vila Viçosa e o secundário em Évora. Casou-se em 1913, com Alberto de Jesus Silva Moutinho, vai residir em Redondo e retorna depois a Évora, onde conclui, em 1917, o Curso Complementar de Letras. No mesmo ano, já na capital, matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, curso que abandona em 1920. No ano seguinte, divorcia-se de Alberto Moutinho e casa-se com o Alferes Antônio José Marques Guimarães, do qual se divorcia em 1925 para casar-se com o médico Mário Pereira Lage. Passa a viver em Matosinhos e trabalha como tradutora de romances franceses. A perda do irmão, Apeles, em acidente de avião (1927), leva-a a um estado de constante depressão. Suicida-se na madrugada do dia de seu aniversário, em 1930, ingerindo uma dose excessiva de Veronal. Foi sepultada em Matosinhos, mas, em 1964, seus restos mortais foram transferidos para sua cidade natal.

Obras publicadas: Livro de mágoas. Lisboa: 1919; Livro de sáror saudade. Lisboa: 1923; Charneca em flor. Lisboa: 1931; Cartas de Florbela Espanca. Coimbra: 1934; Diário do último ano. Lisboa: 1981; O dominó preto. Lisboa: 1982; Trocando olhares. Lisboa: 1994. Edição de Maria Lúcia Dal Farra.

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