2 de maio de 2016

Mario de Andrade

Mario Raul Moraes de Andrade nasceu em São Paulo no dia 09 de outubro de 1893. Foi um dos pioneiros da poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada em 1922. Andrade exerceu uma grande influência na literatura moderna e, como ensaísta e estudioso - foi um pioneiro do campo da etnomusicologia - sua influência transcendeu as fronteiras do Brasil.
Ao mesmo tempo que Andrade efetuava seu trabalho como pesquisador do folclore brasileiro, fez amizade com um grupo de jovens artistas e escritores de São Paulo que, como ele, estavam interessados no modernismo europeu. Alguns deles mais tarde integrariam o chamado Grupo dos Cinco, composto por ele próprio, os poetas Oswald de Andrade (sem relação de parentesco com Mario de Andrade) e Menotti del Piccia, além das pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.
Em 1922, ao mesmo tempo que preparava a publicação de Pauliceia Desvairada, Andrade trabalhou com Malfatti e Oswald de Andrade na organização de um evento que se destinava a divulgar as obras deles a um público mais vasto: a Semana de Arte Moderna,, que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro.
Mario de Andrade foi um dos mentores e fundadores do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional junto com o advogado Rodrigo Melo Franco. Limitações de ordem política e financeira impediram a realização desse projeto (que seria caracterizado por uma radical investida no inventário artístico e cultural de todo o país), restringindo as atribuições do instituto, fundado em 1937, à preservação de sítios e objetos históricos relacionados a fatos políticos históricos e ao legado religioso no país.
Mudou-se para o Rio de Janeiro paras tomar posse de um novo posto na UFRJ, onde dirigiu o Congresso da Língua Nacional Cantada, um importante evento folclórico  e musical. Em 1941 voltou para São Paulo e ao antigo posto do Departamento de Cultura, apesar de não trabalhar com a mesma intensidade que antes.
Maria de Andrade morreu em sua residência em São Paulo devido a um infarte, em 25 de fevereiro de 1945, quando tinha 52 anos. Dada as suas divergências com o regime, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. Foi sepultado no Cemitério da Consolação em São Paulo. Dez anos mais tarde, porém quando foram publicadas em 1955, Poesias completas, quando já havia falecido o ditador Vargas, começou a consagração de Mario de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1960 foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.

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