16 de janeiro de 2017

Fernando Pessoa - Biografia


 "Amo como quem ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"


Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 13 de junho de 1888 em Lisboa, Portugal. Em 1893 seu pai morre e em 1894 seu irmão Jorge. No ano seguinte sua mãe casa-se com João Miguel Rosa, cônsul português em Durban, na África do Sul. Em 1896 a família parte para Durban onde Fernando Pessoa estuda e aprende o inglês. Em 1905 ele regressa definitivamente a Lisboa, com intenção de se inscrever no Curso Superior de Letras. Lê Shekespeare, Wordsworth e filósofos gregos e alemães. Toma contato com a poesia francesa, especialmente a de Baudelaire e lê os poetas portugueses Cesário Verde e Camilo Pessanha. Em 1907, abandona curso superior e monta uma tipografia que mal chega a funcionar. No ano seguinte, começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em casas comerciais, profissão que exerceu até a morte. Pessoa escolhe uma vida discreta, mas livre, sem obrigações fixas, nem horários.

Em 1912, Fernando Pessoa inicia sua colaboração na revista A Águia. Inicia correspondência com Mario de Sá-Carneiro que, de Paris, manda a Pessoa notícias do Cubismo e do Futurismo. Pessoa escreve em inglês, o poema Epithalamiun e, em português, o drama O Marinheiro. Vai elaborando o projeto de vários livros e traz um novo movimento: o Paulismo, tudo isso no ano de 1913. No ano seguinte publica Pauis, sob o título Impressões do Crepúsculo e aparecem os heteronômios*: Alberto Caeiro e seus discípulos Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Fernando Pessoa compõe Ode Triunfal, encaminhando-se para o Sensacionalismo e para o Futurismo, sob o heteronômio de Álvaro de Campos. Compõe ainda Chuva Oblíqua (poesia ortonímica), delineando o Interseccionismo. Em 1915, surge a revista Orpheu, marco do Modernismo em Portugal. O primeiro número, dirigido por Luís Montalvor e Ronald de Carvalho, publica os poemas Ode Triunfal e Opiário (Álvaro de Campos) e O Marinheiro (Fernando Pessoa). No segundo número, saem Chuva Oblíqua e Ode Marítima. No mesmo ano, Fernando Pessoa inicia-se no esoterismo, traduzindo um Tratado de Teosofia. Em 1919, escreve Poemas Inconjuntos, assinado por Alberto Caeiro, apesar deste ter morrido em 1915. Em 1920, Pessoa passa a morar com sua mãe, que regressara, viúva, da África do Sul. Ela falece em 1925. Cinco anos depois, Pessoa escreve mais poemas, assinados por heteronômios. Em 1934, publica Mensagem, livro de poemas de cunho místico-nacionalista, única obra em português publicada em vida. Em 1935, no dia 30 de novembro, no Hospital São Luís, em Lisboa, morre Fernando Pessoa.

*Heteronômios: autor que publica um livro sob o nome verdadeiro de outra pessoa.











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