Título: Escravos
Autor do livro: Kangni Alem
Editora: Pallas
Nº de páginas: 257
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção
foi...
Nada
O livro é sobre...
O comércio de escravos.
Eu escolhi esse livro...
Para ler para o Desafio Viagggiando.
A leitura foi...
Cansativa.
O trecho do livro que merece destaque:
“- Não exagere, Buchann, o seu coração pode não suportar!
Sabe-se que o humor do rei é sempre excelente. Não precisa se desculpar,
Gankpé. Já lhe disse que não sou português. E sim brasileiro! O rei não está
equivocado ao relembrar que, segundo a lenda, o português é realmente inepto,
preguiçoso, estúpido e lúbrico. Felizmente aconteceu a colonização do Brasil
para melhorar a espécie. Como dizia o meu pai Gilberto antes de morrer,
engana-se quem pensa que os portugueses se corromperam ao colonizar a África, a
Índia e o Brasil. Quando lançaram sobre dois terços do mundo a sua grande
sombra escravagista, as suas fontes de vida e saúde econômica já estavam prejudicadas.
Foram eles os corruptores e não as vítimas. A escravatura que os corrompeu não foi
a da colônia, mas a interna. Não foi a dos negros da Guiné, mas a dos cativos
mouros. Dito isso, no tocante ao Brasil parece-nos injusto acusar os
portugueses de terem sujado com essa mancha infamante a sua obra formidável de
colonização tropical. O meio e as circunstâncias exigiram escravos. No início
foram os índios. E quando estes, incapazes e muito indolentes, se mostraram
pouco aptos para desempenhar o seu papel na agricultura, vieram os negros, os
trabalhadores africanos disciplinados pelas contingências da escravatura. Os
defensores da abolição da escravatura não nos ensinam que outra solução dar ao
problema do trabalho no Brasil. Aquele país de clima difícil e cheio de insetos
devastadores, precisa de escravos negros para existir. A escravatura é uma
dádiva de Deus para o Brasil e uma bondade para o escravo. Por que então querer
abolir algo proveitoso para todos?” – págs. 53-54.
Nota:
2 – Gostei
Sobre o autor: Kangni Alem nasceu no Togo, em 1966. Leciona
Teatro e Literatura Comparada na Universidade de Lomé. É autor de peças de
teatro, novelas e romances, entre os quais Cola
colojazz (Dapper) e Unrêve d’albatros
(Gallimard). Foi laureado com o Grande Prêmio Literário da África negra.
Este livro é para o Desafio:
Nenhum comentário:
Postar um comentário