18 de fevereiro de 2019

A Contadora de Filmes - Hernán Rivera Leterlier

Olá meus queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês? Como todos que seguem meu blog estão sabendo, estou participando do Desafio Literature-se, bem como do Desafio Viaggiando, que consiste em ler um livro por mês e cada livro tem que ser de um país diferente. Esse mês eu escolhi o Chile, com o livro A Contadora de Filmes. Livro para ler numa sentada só, capítulos curtos, do jeito que eu gosto. Por mim pode ter 1000 capítulos, com tanto que esses capítulos sejam curtos, e não que cada um tenha 50 páginas, porque daí fica difícil a concentração. Desta forma eu risco da minha lista o item três, que é ler um livro que fale sobre uma ditadura. Agora vamos à resenha.



Título: A Contadora de Filmes

Autor do livro: Hernán Rivera Letelier

Editora: Cosacnaify

Nº de páginas: 112

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
Nada em especial

O livro é sobre...
Uma menina de 11 anos que se torna contadora de filmes em uma mina de salitre.

Eu escolhi esse livro porque...
Faz parte do desafio Viaggiando, que consiste em ler um livro de um país diferente por mês.

A leitura foi...
Muito agradável, pois os capítulos são curtos, o que facilita a leitura.

O trecho do livro que merece destaque:

“Éramos cinco filhos na família. Quatro homens e eu. Nós cinco formávamos uma escadinha perfeita, em tamanho e idade. Eu era a menor. Vocês não imaginam o que significa crescer numa casa só de irmãos homens? Nunca brinquei de boneca. Em compensação, era campeã de bolinhas de gude e no jogo de palitinhos. E na hora de matar lagartixas nas minas de cal ninguém ganhava de mim. Era eu botar o olho e paf, lagartixa morta.” – pág. 8.

“Depois vinha eu, e, por ser mulher, ninguém, dava um tostão por mim. Eles achavam que as mulheres só prestavam para fazer as camas e lavar os pratos – daí que eu cuidava da casa – e por isso não tinha a menor chance. Acontece que havia três coisas que me davam vantagem em cima deles, embora nem eu mesma soubesse. A primeira é que eu devorava os quadrinhos de Hopalong Cassidy, de Geme Autry, de Kid Colt e todos os heróis do Velho Oeste, e eles não liam nada. A segunda é que eu era louca pelas novelas de rádio, uma paixão que tinha herdado da minha mãe, que, comigo nos braços, jamais perdia um capítulo de Esmeralda, a filha do rio. E a terceira era uma coisa que até papai ignorava: quando eu era muito pequena, minha mãe me fazia dormir contando para mim filmes românticos – os seus favoritos –, coisa que não fez com nenhum dos meus irmãos.” – pág. 26/27.

A nota que eu dou para o livro:
3 - Gostei bastante

Sobre o autor: Hernán Rivera Letelier nasceu em Talca, Chile, em 1950, e passou as infância no povoado de Algorta, conhecido por suas minas de salitre. Depois de andanças pelo país natal e por Bolívia, Peru, Equador e Argentina, Letelier estabeleceu-se em 1973 em outra cidade salitreira chilena, Pedro Valdívia, onde trabalhou como mineiro enquanto estudava para ser professor. Atualmente vive em Antofagasta, no norte do país. Estreou na literatura no fim dos anos 1980, como autor de contos e poesia. Seu primeiro romance, La reina Isabel cantaba rancheiras, foi publicado em 1994, com boa acolhida por parte da crítica, e lhe valeu o Prêmio Consejo Nacional del Libro y la Lectura, uma das mais importantes láureas literárias de seu país. Ambientado no deserto chileno, o livro narra a vida de prostitutas que ali conviviam com trabalhadores solitários. A aridez do norte, com suas paisagens desérticas, é tema recorrente em sua obra – muitos de seus livros retratam a decadência das minas salitreiras, em meados do século XX, fazendo com que as aldeias ligadas a esta atividade econômica se tornassem cidades-fantasmas. Em 2001, o escritor foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo Ministério da Cultura francês. Em 2010, Letelier ganhou o Prêmio Alfaguara de romances por El arte de la resurreción. A Contadora de Filmes é o décimo terceiro livro do autor, publicado em vinte países.
 
Este livro é para o Desafio:



Falando um pouco sobre o Chile:
O Chile possui um território incomum, com 4300 quilômetros de comprimento e, em média, 175 quilômetros de largura, o que dá ao país um clima muito variado, indo do deserto mais seco do mundo - o Atacama - no Norte do país, a um clima mediterrâneo no centro, até um clima alpino propenso à neve ao Sul, com geleiras, fiordes e lagos. O deserto do Norte chileno contém uma grande riqueza mineral, principalmente de cobre. Uma área relativamente pequena no centro chileno domina o país em termos de população e de recursos agrícolas. Esta área também é o centro cultural, político e financeiro a partir do qual o Chile se expandiu no final do século XIX, quando integrou as regiões Norte e Sul em uma só nação. Antes da chegada dos europeus no século XVI, o norte do Chile estava sob o domínio Inca, enquanto os índios Mapuches (também conhecidos como Araucanos pelos colonizadores espanhóis) habitavam o centro e o sul do território. Embora o Chile tenho declarado sua independência em 1817, a vitória decisiva contra o controle espanhol não foi alcançada até 1818. Na Guerra do Pacífico (1879-1883), o país venceu a Bolívia e o Peru e conquistou as regiões do norte. O Chile, que até então parecia estar relativamente livre da instabilidade política e do surgimento de governos autoritários que atingiam o resto do continente sul americano, suportou 17 anos de uma rígida ditadura militar (1973-1990), uma das mais sangrentas do século XX na América Latina, que matou mais de três mil pessoa. Atualmente, o Chile é um dos mais estáveis e prósperos países da América do Sul. Dentro do contexto maior da América Latina, é um dos melhores em termos de desenvolvimento humano, competitividade, qualidade de vida, estabilidade política, globalização, liberdade econômica e percepção de corrupção, além de índices comparativamente baixos de pobreza. Também é elevado no país o nível de liberdade de imprensa e de desenvolvimento democrático.

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