5 de novembro de 2012

Desafio Literário 2012 - Desonra

Olá meus queridos amigos e amigas, começando mais uma semana, e como todos os meses, posto aqui no Blog a resenha de um livro escolhido para o Desafio Literário by Vivi que esse mês tem como tema Escritor(a) Africano(a). O livro que escolhi para o Desafio é do escritor J. M. Coetzee. Nunca tinha lido nada desse autor e o logo de cara inicio com um assunto que aos nossos olhos é um tanto chocante. Fiquei com um sentimento de indignação pelo que a personagem feminina sofreu e ela mesma ter-se resignado. Como se dissesse é assim mesmo e ponto final. No mais, digo que gostei muito da escrita de J. M. Coetzee e que já tenho outros livros dele na minha lista de "vou ler". Fiquem agora com a resenha que fiz.


Tema: Escritor(a) Africano(a)
Mês: Novembro
Título: Desonra
Autor do livro: J. M. Coetzee
Editora: Companhia das Letras
Nº de páginas: 246

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...

Capa toda em verde sem nenhuma foto, nada me chamou a atenção. Sorry...

O livro é sobre...
Um professor universitário de 52 anos, que se envolve com uma de suas alunas e acaba sendo disciplinarmente por esse ato e pede demissão de suas funções como professor e vai viver por algum tempo no sítio da filha dele.

Eu escolhi esse livro porque...
Já era tempo de ler esse livro que estava esperando na lista de “vou ler”. Quando vi que o Desafio pedia esse tema, não tive dúvidas que seria o primeiro da lista que colocaria para ler.

Em 2008 o livro foi adaptado para o cinema com John Malkovich no papel do professor universitário David Lurie



Cenas do filme Desonra, do livro homônimo de J. M. Coetzee, dirigido por Steve Jacobs

A leitura foi...
Gostei muito, mas devo confessar que fiquei a maioria da leitura indignada com certas passagens que tem no livro. Fico pensando como é que pode acontecer uma coisa dessas e deixar por isso mesmo...

O personagem que eu gostaria de conhecer é Lucy. Por quê?
A impressão que tive de Lucy é que ela me parece uma pessoa conformada com as coisas que acontecem ao seu redor. Principalmente depois do episódio mais dramático da história.

O trecho do livro que merece destaque:
“Pelo caminho vêm três homens na direção deles, ou dois homens e um rapaz. Estão andando depressa, com os passos largos dos camponeses. O cachorro que está ao lado de Lucy diminui o passo, se arrepia.” – pág. 107

“Ele fala italiano, fala francês, mas italiano e francês de nada lhe valem na África negra. Está desamparado, um alvo fácil, um personagem de cartoon, um missionário de batina e capacete esperando de mãos juntas e olhos virados para o céu enquanto os selvagens combinam lá na língua deles como jogá-lo dentro do caldeirão de água fervendo. O trabalho missionário: que herança deixou esse imenso empreendimento enaltecedor? Nada visível.” – pág. 111

A nota que eu dou para o livro:
4 – Gostei bastante

 
Sobre o autor: John Maxwell Coetzee nasceu na Cidade do Cabo em 9 de Fevereiro de 1940, estudou na sua cidade natal até completar dois Bacharelados, um em língua inglesa e outro em matemática. Os anos de 1962 a 1965 foram passados na Inglaterra, trabalhando como programador de computadores, ao mesmo tempo em que preparava uma tese sobre o novelista inglês Ford Madox Ford. Sua carreira literária no campo da ficção começou em 1969, mas o seu primeiro livro, Dusklands, só foi publicado na África do Sul em 1974. Coetzee recebeu vários prêmios antes do Nobel e foi o primeiro a receber o Brokker Prize por duas vezes: primeiro por Vida e época de Michael K, em 1983 e por Desonra, em 1999. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2003, sendo o quarto escritor africano a receber esta honraria e o segundo no seu país (depois de Nadine Gordimer, em 1991). Há vários de seus livros traduzidos no Brasil e em Portugal.

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