29 de maio de 2017
Academia Brasileira de Letras
Academia Brasileira de Letras é uma instituição literária brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897. A iniciativa foi tomada por Lúcio de Mendonça, concretizada em reuniões preparatórias que se iniciaram em 15 de dezembro de 1896 sob a presidência de Machado de Assis (eleito por aclamação) na redação da Revista Brasileira. Nessas reuniões, foram aprovados os estatutos da Academia Brasileira de Letras a 28 de janeiro de 1897, compondo-se o seu quadro de quarenta membros fundadores. a A 20 de julho desse ano, era realizada a sessão inaugural, nas instalações do Pedagogim, prédio defronte ao Passeio Público, no centro do Rio. Formado por escritores como Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Rui Barbosa, é composta por quarenta membros efetivos e perpétuos (por isso alcunhados imortais) e por vinte sócios estrangeiros. Tem por objetivo o cultivo da língua portuguesa e da literatura brasileira. É-lhe reconhecido o mérito por esforços históricos em prol da unificação do idioma, do português brasileiro e do português europeu. Nomeadamente, teve um papel importante no Acordo Ortográfico de 1945, conseguido em conjunto com a Academia das Ciências de Lisboa, assim como foi de novo interlocutora quanto ao ainda "polêmico" Acordo Ortográfico de 1990.
De pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Veríssimo, Bandeira, Filinto de Almeida, Passos, Magalhães, Bernardelli, Rodrigo Octavio, Afrânio Peixoto. Sentados: João Ribeiro, Machado de Assis, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.
Seus membros são escolhidos entre os cidadãos brasileiros que tenham publicado obras de reconhecido mérito ou livros de valor literário. À semelhança da Academia francesa, o cargo de "imortal" é vitalício, o que é expresso pelo lema Ad immortalitem, e a sucessão dá-se apenas pela morte do ocupante da cadeira. Formalizada as candidaturas os acadêmicos, em sessão ordinária, manifestam a vontade de receber o novo confrade, através do voto secreto. Os eleitos tomam posse em sessão solene, nas quais todos os membros vestem o fardão da Academia de cor verde escura com bordados de ouro que representam os louros, complementado por chapéu de veludo preto com plumas brancas. Nesse momento, o novo membro pronuncia um discurso, onde tradicionalmente se evoca o seu antecessor e os demais ocupantes da cadeira para a qual foi eleito. Em seguida, assina o livro de posse e recebe das mãos de dois outros imortais o colar e o diploma; a espada é entregue pelo decano, o acadêmico mais antigo. A cerimônia prossegue com um discurso de recepção, proferido por um confrade, referindo os méritos do novo membro. Instituição tradicionalmente masculina, a partir de 4 de novembro de 1977, aceitou como membro Rachel de Queroz, para quem foi desenhada uma versão feminina do tradicional fardão: um vestido longo de crepe francês verde escuro, com folhas de louro bordadas em fio de ouro.
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