4 de maio de 2013

Alice no País das Maravilhas

Olá meus queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês nesse sábado? Hoje vamos render homenagens a um dos livros infantis mais famosos: Alice no País das Maravilhas. Alice nasceu no mesmo dia em que a Alice Liddell, a menina que inspirou Lewis Carroll a criar a personagem e o seu mundo fantástico.

Totalmente familiar como parte integrante de nossa cultura, a viagem de Alice através da toca do coelho é um livro infantil contendo sátira fantástica, jogos de palavras e comédia suficientes para satisfazer qualquer leitor adulto. De fato, o surrealista André Breton sobre Alice que aqui a "acomodação ao absurdo readmite os adultos ao domínio misterioso habitado pelas crianças". Longe de menosprezar as crianças, o livro é positivamente educativo para adultos entediados. Publicado em 1865, no mesmo ano dos malditos Cantos de Maldoror, de Lautréamont, e de Um temporada no Inferno, de Rimbaud, Alice pode ser uma viagem radicalmente inglesa e refinada para uma paisagem de sonho, mas não carece de um lado sombrio.
Cochilando às margens do rio Isis, Alice, uma menina de 7 anos, vê o Coelho Branco de colete consultando, nervoso, o relógio e decide segui-lo para baixo da terra. Ao ir atrás do coelho pontual, depara com uma série de situações estranhas. Ao bebericar poções e mordiscar cogumelos, cresce e encolhe, do tamanho de um camundongo ao tamanho de uma casa, ou seu pescoço estica como uma cobra. Encontra personagens já bem entranhados no nosso imaginário: o Rato, saltando na "Lagoa de Lágrimas", cuja história é tipograficamente apresentada como uma cauda; a Lagarta, fumando seu narguilé, a terrível Duquesa, acalentando um porco; o Gato Risonho, cujo sorriso largo desaparece; o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março bebendo chá e enfiando o Dormidongo no bule; a assassina Rainha de Copas, que joga croqué com flamingos como tocos; a Triste Tartaruga Falsa, que lhe ensina a Quadrilha da Lagosta. Sempre ingênua, Alice tenta enfrentar a loucura com lógica, numa história que cutuca de leve o puritanismo insensível da criação  de filhos burgueses da época vitoriana. Um livro que precisa ser lido com as ilustrações originais de Tenniel.
             Alice Liddell, "musa" inspiradora de Lewis Carroll

Informações: 1001 livros para ler antes de morrer, pag. 156

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