1 de fevereiro de 2014

Entrevista com Nicholas Sparks

 
Meus queridos amigos e amigas, e para abrilhantar mais ainda a nossa comemoração de 5 anos do blog, trago para vocês uma entrevista com o escritor Nicholas Sparks, concedida à revista Ler & Cia, do Grupo Livrarias Curitiba.

TODO AMOR DO MUNDO

São 18 livros - oito adaptados ao cinema - e mais de 90 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. "Ano que vem serão 100"!, comemora o escritor norte-americano Nicholas Sparks. Escrevendo há 17 anos e conquistasndo fãs em todo o mundo, o autor se tornou um especialista quando o assunto é relacionamentos e emoções. Amor, ódio, perda, luto e outras situações comuns a qualquer pessoa permeiam  o enredo de seus livros, levando o leitor a experimentar uma mistura de sentimentos a cada página lida. Para Sparks, esse é o segredo do seu sucesso, já que "emoções humanas são emoções humanas, não importa onde vocês esteja".


Em seu mais novo livro, Uma Longa Jornada, Nicholas Sparks traz a história de dois casais: Ira, aos 91 anos, que relembra sua vida ao lado da já falecida esposa Ruth, e também a universitária Sophia, que se envolve com o caubói Luke, completamente diferente dos rapazes com os quais está acostumada. Aparentemente distintos, esses destinos irão se cruzar e surpreender o leitor.
Lançado no Brasil antes mesmo de nos Estados Unidos, Uma Longa Jornada teve seus direitos vendidos ao cinema antes de chegar às prateleiras. Para o lançamento, Nicholas Sparks esteve em nosso país e deu entrevista exlusiva à Ler&Cia.

O seu último livro, Uma Longa Jornada, é um pouco diferente de suas outras obras. Há dois casais protagonistas e também personagens mais velhos, fatores que não são comuns em suas histórias. O que você queria despertar nos leitores?

O que eu queria, acima de tudo, era que os leitores pudessesm ter um romance meu novo em folha, mais uma vez. Ainda que seja novo e original, há aspectos que dão certa familiaridade com minha obra. Por exemplo, a história de Ira e Ruth passa por décadas: começa na década de 1930 e chegta até os dias de hoje. Parece um pouco a história de Noah e Allie (do livro Diário de uma Paixão), certo? Exceto que esta é mais épica e mais estruturada e aborda toda avida dos dois juntos e não apenas como eles se conheceram e como acabou. Então, eu adicionei a isso, a história de Sophia e Luke. Sophia está na faculdadee eu ainda não havia escrito uma história de amor universitário antes. Eu quis fazer isso para meus leitores mais jovens. E grande parte da diversão deste livro é descobrir como as histórias de Ira e Ruth se cruzam com a história de Luke e Sophia, quando elas parecem ter absolutamente nada em comum.

Você diria que este foi o principal desafio do livro?

Esse foi um grande desafio, criar a relação entre esses dois casais. No coemeço da história não há nada em comum, mas, no fim, precisei criar uma solução para isso. É como um mistério: como essa história termina? O que irá acontecer?

Este froi um livro que teve seus direitos vendidos para o cinema antes mesmo de ser lançado ao público. Como foi essa negociação?

 Eu terminei o livro por volta de stembro de 2012, mas não fizemos nenhum tipo de contato com Hollywood, por questões próprias da indústria cinematográfica. No final do ano, os estúdios estão com seus orçamentos mais baixose eles começam a entrar na chamada "estação de prêmios" e todas as atenções estão voltadas para as premiações. Nós esperamos até fevereiro deste ano e apresentamos na mesma semana que o filme Um Porto Seguro foi lançado. Mostramos a história na sexta e, na segunda ou terça, já estava vendida. Eu assinei com a Fox e será a primeira vez que trabalharei com este estúdio.

Pela primeira vez, seu livro foi lançado no Brasil antes mesmo do lançamento nos Estados Unidos. Alguma razão especial para isso?

Umas das questões era que os meus livros eram finalizados tão perto da data de publicação nos Estados Unidos que não dava tempo de traduzi-los para outros idiomas com antecedência. Mas porque temos tantos países em que minha popularidade é tão grande, como no Brasil, nesdte livro nós quisemos dar tempo para a editora brasileira traduzir a obra, ter sua própria capa e suas estratégias de mercado prontas para o lançamento. E ficou a critério deles a data e acabaram por lançar antes do mercado norte-americano. Provavelmente por causa da Bienal Internacional do Livro (que aconteceu no Rio de Janeiro de 29 de agosto a 8 de setembro) e porque eles sabiam que se fosse depois seria mais difícil que eu pudesse vir para o lançamento.


Você tem escrito há 17 anos. Você mudou alguma coisa em seu estilo ou em sua forma de escrever?

Acho que sim. Agora, demoro mais para desenvolver a história. Acho que partes da escrita são mais fáceis do que eram, mas outras continuam tão difíceis quanto. Eu tendo a ser mais diligente agora. Quando eu estava escrevendo Diário de uma Paixão, eu tinha um trabalho de dia, eu escrevia quando dava, quando eu me sentia bem. Agora eu snto e digo "preciso escrever", pois esse é meu trabalho! Acho que essas são as maiores mudanças.


Você já vendeu mais 90 milhões de livros...

Isso, no ano que vem serão 100, uhu!

Em sua opinião, por que seus livros fazem tanto sucesso em todo o mundo?

  São os leitores que escolhem. E o que eles querem? Se você perguntar, eles vão dizer várias razões, mas eu acredito que o fato dos personagensparecerem muito reais - como pessoas que conhecemos - e das histórias terem situações que realmente poderiam acontecer com qualquer um faz com que eles gostem das histórias. E tudo isso combinado com grandes emoções: amor, perda, raiva, traição, mistério. Essa cominação faz uma história do tipo que as pessoas querem ler.

 
Você já pensou em escrever outros gêneros?

Não. Eu estou fleiaz em escrever o que eu escrevo.

Você sente diferença na recepção das pessoas nos países que você visita, como o Brasil?

Uma coisa que eu gosto do Brasil é que as pessoas são muito apaixonadas, gostam de mim e sempre vão aos meus eventos. O interessante - que eu acredito ser parte da razão pelas quais os livros fazem tanto sucesso, inclusive no Brasil - é que emoções humanas são emoções humanas, não importa onde você esteja. Isso inclui o Brasil, a Inglaterra e os Estados Unidos. E porqaue eu escrevo sobre emoções reais, família, relacionamentos e perdas, está são histórias com as quais as pessoas se identificam. São histórias que acontecem nos Estados Unidos, mas poderiam ser em outro lugar.


Como você lida com as críticas ao seu trabalho?

Eu não ligo. Os críticos estão fazendo o seu trabalho e eu estou fazendo o meu. Eu procuro escrever livros dos quais eu tenho muito orgulho e que acredito que os leitores vão gostar. E, principalmente, que serão memoráveis. Às vezes, olhamos um livro e lembramos vagamente da história. Mas as pessoas tendem a lembrar detalhes dos meus livros e as emoções que sentiram quando leram. Acho que esse é um grande critério para avaliar o quanto um livro é bom: você consegue se lembrar dele anos após ter lido.


Entrevista concedida a Revista Ler&Cia - novembro/dezembro 2013 - edição 53

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