16 de maio de 2016

A Paixão no Banco dos Réus - Luiza Nagib Eluf

Olá meus amigos e amigas, novamente aqui com mais uma resenha de um livro que demorei a adquirir, mas que valeu a espera, gostei demais. A paixão no banco dos réus conta a história de 14 casos de crimes de morte cometidos por homens e dois homicídios praticados por mulheres. Em ordem cronológica, são relatados os casos de maior repercussão no país, entre eles o assassinato do pintor Almeida Júnior, o do escritor Euclides da Cunha, o da socialite Ângela Diniz, o da cantora Eliane de Grammont, o da atriz Daniela Perez, etc. Mais um livro recomendado para ser lido e relido várias vezes.

 Título: A Paixão no Banco dos Réus
Autora do livro: Luiza Nagib Eluf
Editora: Saraiva
Nº de páginas: 261

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
Um emaranhado de vários fios formando, o que imagina ser um coração.

O livro é sobre...
Pessoas do nosso cotidiano, com transtornos de personalidade.

 Eu escolhi esse livro porque...
Fazia um tempo que queria ler e como desafio pessoal

A leitura foi...
Envolvente e surpreendente.

O trecho do livro que merece destaque:
“Euclides da Cunha, sentindo-se rejeitado por Anna e querendo vingar-se do homem que lhe roubara a esposa, queria acertar as contas. Havia passado a noite anterior sob grande agitação, completamente descontrolado. Anna não voltara para casa, em Copacabana. Ela havia pernoitado em Piedade, com o tenente. Euclides não tinha o endereço. Foi em busca das tias de Dilermando e suplicou a Angélica Rato, ‘pelas cinzas de sua mãe’, que lhe desse a localização do sobrinho. Esta, apesar da visível agitação emocional do escritor, atendeu-lhe o pedido e forneceu o endereço solicitado. Como observou Dilermando, em seu depoimento ao Diário de São Paulo, de 16-06-1949, sua tia talvez estivesse ‘interessada em ver romper o vulcão’.” (pág. 41).

“Lindomar, que praticou o ato na presença do público e depois tentou fugir, foi agarrado e dominado pelo dono do bar e pelos frequentadores do local. Quase foi linchado. A polícia chegou algum tempo depois e encontrou o assassino com os pés e mãos amarrados, caído na calçada. Levaram-no ao Hospital das Clínicas e depois ao 4º Distrito Policial, onde foi autuado em flagrante e recolhido à Casa de Detenção. Eliane morreu antes de ser atendida no Pronto Socorro Brigadeiro, para onde chegou a ser levada. Seu corpo foi sepultado, à tarde, no cemitério do Araçá, sob grande revolta da família, dos amigos e dos fãs. Deixou uma filha de dois anos, que tivera com Lindomar.” (pág. 105)      

A nota que eu dou para o livro:
3 – Gostei muito.

Sobre a autora: Luiza Nagib Eluf é advogada e procuradora de justiça do Ministério Público de São Paulo, aposentada. Autora de livros sobre cidadania e preconceito, crimes sexuais e assédio sexual, desta vez escreve a respeito de crimes passionais sob o prisma da igualdade de direitos entre homens e mulheres, no intuito de fazer uma retrospectiva histórica de fatos que marcaram o Brasil. Estudiosa dos direitos da mulher, de sua participação nas conferências internacionais promovidas pela Organização das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) e da Mulher (Pequim, 1995) e de sua passagem pelo Ministério da Justiça como Secretária Nacional dos Direitos da Cidadania. Luiza Nagib Eluf foi ainda membro do Conselho Federal e Estadual de Entorpecentes, e dos Conselhos Estaduais da Mulher, de Direitos Humanos e da Juventude. A autora expõe suas ideias nas colunas de opinião de jornais e revistas de âmbito nacional, demonstrando que a mulher emancipada é menos vulnerável aos crimes passionais.

Este livro é para o Desafio:
 

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