10 de outubro de 2016

Lima Barreto - Biografia

e depois cursou Engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881, era mestiço, filho de João Henriques de Lima Barreto, tipógrafo e de Amália Augusta, professora, que morreu quando ele tinha apenas sete anos. Estudou no Colégio Pedro II. Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, que sofria de problemas mentais, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra, ocupando um cargo burocrático. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias, como Careta, Fon-Fon e O Malho. Seu primeiro romance, Recordações do Escrivão Isaías Caminha, foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo havia fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clássica Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, Triste Fim de Policarpo Quaresma, e em 1915, a sátira política Numa e a Ninfa. Lima Barreto militou na imprensa, durante este período, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial. Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro Cemitério dos Vivos. Nesse mesmo ano publicou a sátira Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro. Lima Barreto candidatou-se em duas ocasiões à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco, vindo a falecer em 1º de novembro, aos 41 anos de idade, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.

Obras:

- Recordações do Escrivão Isaías Caminha, 1909;
- Triste Fim de Policarpo Quaresma, 1911;
- As Aventuras do Dr. Bogoloff, 1912;
- Numa e a Ninfa, 1915;
- Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, 1919;
- Histórias e Sonhos, 1920;
- Os Bruzundangas, 1923;
- Bagatelas, 1923;
- Clara dos Anjos, 1948 (póstumo);
 - Diário Íntimo, 1953;
- Feiras e Mafuás, 1953;
- Marginália, 1953;
- Vida Urbana, 1953;
- Cemitério dos Vivos, 1956 (póstumo e inacabado);
- Coisas do Reino de Jambom, 1956;
- Impressões de Leitura, 1956;
- Correspondência (2 volumes), 1956;
- O Subterrâneo do Morro do Castelo (originalmente publicado como folhetim no Correio da Manhã em 1905);
- Sátiras e outras subversões: textos inéditos. Organização de Felipe Botelho Corrêa

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