29 de julho de 2013

Picapau Amarelo - Monteiro Lobato

Olá meus queridos amigos e amigas, como estão todos vocês? Depois de uma semana altamente congelante aqui no Sul o sol resolveu dar o ar da sua graça, que bom! Mais um mês indo embora e antes que ele acabe vamos a mais um Desafio Literário. Com exceção do mês de junho que não postei  nada sobre nenhum livro, venho mantendo minhas leituras em dia. Nesse mês de julho o tema do DL é sobre Cor ou Cores que tenham no título. Eu escolhi um livro do Monteiro Lobato, que pasmem, nunca li na minha vida (!?). Mas como nunca é tarde (ainda bem) aqui está a resenha do  livro Picapau Amarelo que foi adaptado para a televisão nos anos 70 (e é daí que eu conheço a maioria das histórias de Monteiro Lobato).



Tema: Cor ou Cores
Mês: Julho
Título: Picapau Amarelo
Autor do livro: Monteiro Lobato
Editora: Brasiliense
Nº de páginas: 167

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
A turma do sítio reunida com personagens mitológicos.

O livro é sobre...
A reunião de vários dos personagens que conhecemos através de outras histórias, todos de mudança para o Sítio do Picapau Amarelo.

Eu escolhi esse livro porque...
É uma vergonha escrever isso, mas nunca li uma história de Monteiro Lobato. O que sei é através da televisão, por isso escolhi esse livro para o DL deste mês para me aprofundar e conhecer mais as histórias além televisão.

A versão mais famosa da obra de Monteiro Lobato adaptada para a televisão nos anos 70/80. Zilka Salaberry (Dona Benta), Jacira Sampaio (Tia Nastácia), André Valli (Visconde de Sabugosa), Dirce Migliaccio (Emília), Rosana Garcia (Narizinho) e Júlio César (Pedrinho).

A leitura foi...
Muito gostosa, cheia de aventuras, muito legal.

O personagem que eu gostaria de conhecer é Narizinho. Por quê?
Além de ser minha xará (Lúcia), é uma menina muito meiga, inteligente e sem dúvida iríamos nos dar muito bem. Gosto dela desde sempre.

O trecho do livro que merece destaque:
“O sítio de Dona Benta foi se tornando famoso tanto no mundo de verdade como no chamado mundo de mentira. O mundo de mentira, ou Mundo da Fábula, é como a gente grande costuma chamar a terra e as coisas do País das Maravilhas, lá onde moram os anões e os gigantes, as fadas e os sacis, os piratas como o Capitão Gancho e os anjinhos, como Flor-das-Alturas. Mas o Mundo da Fábula não é realmente nenhum mundo de mentira, pois o que existe na imaginação de milhões de crianças é tão real como as páginas deste livro. O que se dá é que as crianças logo que se transformam em gente grande fingem não mais acreditar no que acreditavam”. – pág. 09

A nota que eu dou para o livro:
4 – Gostei bastante

Sobre o autor: A 18 de abril de 1882 em Taubaté, cidade de São Paulo, nasce filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro Lobato. Recebe o nome de José Renato Monteiro Lobato, que por decisão própria modifica mais tarde para José Bento Monteiro Lobato desejando usar uma bengala do pai gravada com as iniciais J.B.M.L.
Juca, assim era chamado – brincava com suas irmãs menores Ester e Judite. Naquele tempo não havia tanto brinquedo, eram toscos, feitos de sabugos de milho, chuchu, mamão verde, etc...
Adorava os livros de seu avô materno o Visconde de Tremembé. Sua mãe o alfabetizou, teve depois um professor particular e aos sete anos entrou num Colégio.
Leu tudo o que havia para crianças em língua portuguesa. Em dezembro de 1896 presta exame em São Paulo das matérias estudadas em Taubaté. Aos 15 anos perde seu pai, vítima de congestão pulmonar e aos 16 anos sua mãe.
No colégio funda vários jornais, escrevendo sob pseudônimo. Aos 18 anos entra para a Faculdade de Direito por imposição do avô, pois preferia a Escola de Belas Artes.
É anticonvencional por excelência, diz sempre o que pensa, agrade ou não. Defende a sua verdade com unhas e dentes, contra tudo e todos, quaisquer que sejam as consequências. Em 1904 diploma-se Bacharel em Direito, em maio de 1907 é nomeado promotor em Areais, casando-se no ano seguinte com Mariza Pureza da Natividade (Purezinha), com quem teve os filhos Edgar, Guilherme, Marta e Rute.
Vive no interior, nas cidades pequenas, sempre escrevendo para jornais e revistas, “Tribuna de Santos”, “Gazeta de Notícias” do Rio e “Fon-Fon” para onde também manda caricaturas e desenhos. Em 1911 morre seu avô o Visconde de Tremembé e dele herda a fazenda de Buquira, passando de promotor a fazendeiro.
A geada, as dificuldades, levam-no a vender a fazenda em 1917 e a transferir-se para São Paulo. Mas na fazenda escreveu o JUCA TATU, símbolo nacional. Compra a “Revista do Brasil” e começa a editar seus livros para adultos. Urupês inicia a fila em 1918.
Surge a primeira edita nacional “Monteiro Lobato & Cia”, que se liquidou transformando-se em Companhia Editora Nacional sem sua participação. Antes de Lobato os livros do Brasil eram impressos em Portugal. Como ele inicia-se o movimento editorial brasileiro.
Em 1931 volta dos Estados Unidos da América do Norte, pregando a redenção do Brasil pela exploração do ferro e do petróleo. Começa a luta que o deixará pobre, doente e desgostoso. Havia interesse oficial em se dizer que no Brasil não havia petróleo e que era preciso explorá-lo para dar ao seu povo um padrão de vida à altura de suas necessidades.
Já em 1921 dedicou-se à literatura infantil. Retorna a ela, desgostoso dos adultos que o perseguem injustamente. Em 1943 funda a Editora Brasiliense para publicar suas obras completas, reformulando inclusive diversos livros infantis. Com ”Narizinho Arrebitado” lança o Sítio do Picapau Amarelo e seus célebres personagens. Através de Emília diz tudo o que pensa; ma figura do Visconde de Sabugosa critica o sábio que só acredita mos livros já escritos. Dona Benta é o personagem adulto que aceita a imaginação criadora das crianças, admitindo as novidades que vão modificando mundo, Tia Nastácia é o adulto sem cultura, que vê no que desconhecido o mal, o pecado. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, hoje e amanhã, abertos a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro.
E assim o Pó de Pirlimpimpim continuará as transportar crianças do mundo inteiro ao Sítio do Picapau Amarelo, onde não há horizontes limitados por  muros de concreto e de ideias tacanhas.
Em 4 julho de 1948 perde-se esse grande homem, vítima de colapso, na Capital de São Paulo. Mas o que ele tinha de essencial, seu espírito jovem, sua coragem, está vivo no coração de cada criança. Viverá sempre enquanto estiver presente a palavra inconfundível de “Emília”.

2 comentários:

  1. Vera Lucia
    Parabens por esta maravilha de postagem !
    Tenho uma coleção de Monteiro Lobato composta por 15 volumes que começa com as Reinações de Narizinho e termina com Os 12 Trabalhos de Hercules - II Historias Diversas.
    Voce Vera Lucia está sempre nos surpreendendo, parabens !
    Abraços
    JOÃO HERCULANO

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    Respostas
    1. Prezado amigo João Herculano, muito me honra sua visita no blog e seu comentário me deixa lisonjeada. Reinações de Narizinho será a próxima obra de Monteiro Lobato que irei ler, espero que ainda esse ano. Aguarde a resenha. Muito obrigada por sua presença constante por aqui.
      Abraços e tudo e bom.

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