5 de dezembro de 2016

Ariano Suassuna - Biografia

Ariano Vilar Suassuna, nasceu em João Pessoa, na Paraíba, em 16 de junho de 1927, foi advogado, professor, teatrólogo e romancista. Filho de João Suassuna e Rita de Cássia Vilar, Ariano estava com pouco mais de três anos quando seu pai, que havia governado o Estado no período de 1924 a 1928, foi assassinado no Rio de Janeiro, em consequência da luta política às vésperas da Revolução de 1930.
No mesmo ano, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Teperoá, onde Ariano Suassuna fez os estudos primários. No sertão paraibano Ariano se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde vieram a povoar sua obra.
Em 1942, a família se mudou para Recife e os primeiros textos de Ariano foram publicados nos jornais da cidade, enquanto ele ainda fazia os estudos pré-universitários. Em 1946 iniciou a Faculdade de Direito e se ligou ao grupo de jovens escritores e artistas que tinha à frente Hermílio Borba Filho, com o qual fundou o Teatro do Estudante Pernambucano. No ano seguinte, Ariano escreveu sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol", e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno.
Após formar-se na Faculdade de Direito, em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia. Mudou-se de novo para Taperoá, onde escreveu e montou a peça "Torturas de um Coração", 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife. O Auto da Compadecida, de 1955, encenado em 1957 pelo Teatro Adolescente do Recife, conquistou a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. A peça o projetou não só no país como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema.
No dia 19 de janeiro de 1957, Ariano se casou com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.
Seu "Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue Vai e Volta" publicado originalmente em 1971 teve a primeira edição relançada somente em 2005 e sua segunda edição esgotada em menos de um mês, o que é uma coisa rara para um volume de quase 800 páginas.
Em 1990 entrou para a Academia Brasileira de Letras ocupando a cadeira de número 32, cujo patrono é Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo (1806-1879).
Ariano Suassuna faleceu em 23 de julho de 2014, no Recife, após sofrer um AVC hemorrágico, aos 87 anos.

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