Fernando Tavares Sabino nasceu no 12 de outubro de 1923 em Belo Horizonte. Aos 13 anos começou a escrever contos. Sua primeira publicação, uma história policial, aconteceu na revista Argus, uma publicação da polícia de Minas Gerais.Durante a adolescência, enviava com regularidade crônicas para a revista
Carioca, que promovia um concurso permanente, o qual Sabino vencia com frequência, tanto que chegava a receber o dinheiro adiantado. No início dos ano 1940 começou a cursar a Faculdade de direito em Minas Gerais e ingressou no Jornalismo como redator da Folha de Minas, por intermédio do escritor Murilo Rubião. O primeiro livro de contos,
Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro, quando o autor tinha apenas dezoito anos. Nesse período, conheceu e passou a conviver com Marques Rabêlo, Guilherme César e João Etienne Filho. Formava, com Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, um grupo literário, apelidado por Etienne, de Grupo dos Vintanistas, devido ao fato de todos estarem na casa dos vinte anos. Suas histórias serviram de inspiração para a premiada obra O Encontro Marcado. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944, tornando-se colaborador regular do Jornal Correio da Manhã, onde conheceu Vinícius de Moraes, de quem se tornou amigo. No mesmo ano, publicou sua segunda obra, a novela
A marca. Em 1945 conheceu a escritora Clarice Lispector, no Rio de Janeiro, de quem tornou-se amigo e mais tarde correspondente. Em 1957 decidiu viver exclusivamente como escritor e jornalista. Iniciou uma produção diária de crônicas para o Jornal do Brasil, escrevendo mensalmente também para a revista Senhor. Publicou
O grande mentecapto em 1979, iniciando mais de trinta anos antes. A obra, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, e acabaria sendo adaptada para o cinema, com direção de Oswaldo Caldeira, em 1989, e também para o teatro. Publicou em 1982
O menino no espelho.
Em 1985, a faca de dois gumes. E em 1989,
O tabuleiro de damas, uma obra autobiográfica, Publicou com regularidade nos anos 1990. Em 1991 publica
Zélia, uma paixão. Em 1996 recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Em 2001 publicou
Livro aberto e Cartas perto do coração. Em 2002, publicou
Cartas sobre a mesa e, em 2004 publicou
Os movimentos simulados. Fernando Sabino faleceu em sua casa em Ipanema (zona sul do Rio de Janeiro) vítima de T.A.F. (Trauma Abdominal Fechado) no fígado, na véspera de seu 81º aniversário. Foi sepultado no Rio de Janeiro, no Cemitério São João Batista. Seu epitáfio, escrito a seu pedido, é o seguinte:
"Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino".
Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos em foto de 1961.
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