Título: Matar para não Morrer – A Morte de Euclides da Cunha
e a Noite sem Fim de Dilermando de Assis
Autor do livro: Mary Del Priore
Editora: Objetiva
Nº de páginas: 173
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção
foi...
Nada relevante.
Os verdadeiros Euclides da Cunha, Anna Emília da Cunha (posteriormente Assis) e Dilermando de Assis
O livro é sobre...
O assassinato do escritor Euclides da Cunha pelo militar
Dilermando de Assis.
Eu escolhi esse livro porque...
Faz parte do desafio pessoal TBR Book Jar.
Tarcísio Meira (Euclides da Cunha), Vera Fischer (Saninha) e Guilherme Fontes (Dilermando de Assis) na minissérie Desejo em 1990.
A leitura foi...
Instigante.
O trecho do livro que merece destaque:
“O pior, para uma mulher, é não casar. O celibato feminino é
uma fábrica ativíssima de monstros. A mulher é um ser profundamente afetivo.
Nasceu para amar – seja a um homem, a um santo ou a um gato. Muitas, vítimas de
namoro malogrados, refugiam-se no seio acolhedor da Igreja. São milhares e
milhares de devotas místicas, exaltadas no
sentimento religioso, que encontram aos pés da Cruz um consolo para sua
felicidade perdida. Outras dedicam-se ao professorado – e infernizam a alma
terna dos crianças (devia ser proibida a existência de professoras solteiras!).
Como não casaram, descarregam nos petizes todo o fel acumulado em longos anos
de renúncia. Outras, por fim, dedicam-se a falar da vida alheia , a intrigar, a
pôr veneno na vida dos conhecidos, a começara pelos parentes, admoestava o
jornalista Berilo Neves na Revista da
Semana.” – pág. 10.
“Os crimes de adultério eram justificados na mentalidade
popular em nome da defesa da honra. O
Correio da Manhã, comentando um crime, condenava a mulher adúltera que ‘desceu
de seu posto de mulher-esposa, tornando-se mulher-prostituta’. O crime,
justificava o articulista, deveu-se ao ‘desvario’ do marido desafrontado em sua
honra viril. Havia quem matasse até por ‘desconfiar da fidelidade’ da esposa. Não só desamor no casamento levava a abusos e
agressões. A ameaça da quebra da supremacia do poder masculino era fator
corriqueiro de desentendimento. O marido reagia ao ver os valores tradicionais abalados.”
– pág. 23.
A nota que eu dou para o livro:
3 - Gostei bastante
Sobre a autora: Mary Del Priore escreveu mais de vinte
livros sobre a História do Brasil, entre eles História das Mulheres no Brasil e História da Vida Privada. Historiadora com pós-doutorado na França
e sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, foi duas
vezes vencedora do Prêmio Casa-Grande & Senzala. Ganhou ainda o Jabuti na
categoria Ciências Humano, com História
das Mulheres no Brasil. Lançou pela Objetiva Condessa de Barral e o Príncipe
Maldito, ganhador do prêmio de melhor livro de não ficção da Associação
Paulista de Críticos de Arte.
Esse livro foi para o desafio:
Nenhum comentário:
Postar um comentário