De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
09/07/17 - 37 anos sem a presença física do poetinha
Esse poema é um dos meus favoritos. Vinicius de Moraes soube fazer lindas canções e poesias inspirado em duas fontes eternas: o amor e o desamor.
ResponderExcluirÉ um dos meus preferidos também, conheci na 6ª série, quando a professora escreveu no quadro negro. Gostei tanto que fui procurar mais coisas sobre o poeta, que para mim, até então, era desconhecido. Obrigada por seu comentário, Daslan, é sempre muito bom tê-lo aqui no blog.
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