Olá meus queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês? Já estou me adiantando na leitura do mês de junho, dessa vez escolhi um livro curto, do escritor argentino Alberto Manguel. Muito bom, gostei bastante.
Tema: Um livro sem a letra “A” no título
Mês: Junho
Título: Com Borges
Autor do livro: Alberto Manguel
Editora: Âyiné
Nº de páginas: 71
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
Que o título não está na capa e sim na contracapa.
O livro é sobre...
O escritor Jorge Luís Borges convidou o autor do livro, Alberto Manguel que trabalhava numa livraria para ler para ele em sua casa.
Eu escolhi esse livro porque...
Faz parte do Desafio Entre Estantes.
A leitura foi...
Interessante e cheia de curiosidades.
O trecho do livro que merece destaque:
“Para um homem que falava do universo como de uma biblioteca e que confessou ter imaginado o Paraíso, o tamanho de sua biblioteca o decepcionava, talvez por ele saber que, assim como dissera em outro poema, a linguagem no máximo consegue ‘simular a sabedoria’. As visitas esperavam um lugar abarrotado de livros, com prateleiras quase explodindo, pilhas de publicações bloqueando as portas e se protuberando de todos os espaços, uma selva de tinta e papel. Em vez disso, encontravam um apartamento onde os livros ocupavam alguns cantos discretos. Quando o jovem Mario Vargas Llosa visitou Borges em algum momento em meados dos anos 1950, fez uma observação sobre o ambiente de mobília simples e perguntou por que o mestre não morava num lugar mais grandioso, mais luxuoso. Borges se ofendeu imensamente com a observação. ‘Talvez as coisas sejam assim em Lima’, disse para o indiscreto peruano, ‘mas aqui em Buenos Aires não gostamos de ostentar’”. – págs. 26/27.
“Dois pesadelos assombraram Borges durante toda a sua vida: os espelhos e o labirinto. O labirinto, descoberto pela primeira vez durante sua infância numa gravura em chapa de cobre das Sete Maravilhas do Mundo, fez com que temesse ‘uma casa sem portas’ em cujo centro havia um monstro à sua espera; os espelhos o aterrorizavam devido à suspeita de que um dia mostrariam o reflexo de um rosto que não era o seu, ou pior ainda: um reflexo sem rosto. Hector Biancinotti lembra que, quando Borges estava acamado e doente em Genebra, pouco antes de sua morte, pediu a Marguerite Youcenar, que tinha ido visitá-lo, para encontrar o apartamento que sua família ocupara durante sua estadia na Suíça e voltar para descrever como estava. Ela obedeceu, mas deixou de incluir um detalhe: agora quando alguém entrava no apartamento, um espelho gigante de moldura dourada refletia o visitante dos pés à cabeça. Yourcenar poupou Borges dessa intrusão atormentadora.” – pág. 53.
A nota que eu dou para o livro:
Nota:
4 – Gostei muito
Sobre o autor: Alberto Manguel nasceu em Buenos Aires em 1948 e viveu no Taiti e no Canadá. Atualmente vive em Buenos Aires, onde é diretor da Biblioteca Nacional.O escritor argentino Jorge Luís Borges, retratado no livro, em sua biblioteca.
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