25 de janeiro de 2025

Mulheres do Brasil - Paulo Rezzutti - Projeto Lendo o Brasil

 




Tema: Projeto Lendo o Brasil
Estado: São Paulo
Título: Mulheres do Brasil
Autor do livro: Paulo Rezzutti
Editora: Leya
de páginas: 315
Ano de publicação no Brasil: 2018
Personagens: Mais de 250 mulheres que fizeram história no Brasil, mas tiveram seus nomes apagados ou diminuídos perante a sociedade.
 
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi..
Leila Diniz, Carmen Miranda e mais duas personagens reunidas.
 
O livro é sobre...
Histórias de mulheres que tiveram seus papéis apagados, modificados ou diminuídos na História.
 
Eu escolhi este livro porque...
Escolhi para ler para o Projeto Lendo Brasil, do Estado de São Paulo.
 
A leitura foi...
Maravilhosa, descobri inúmeras mulheres que nunca tinha sequer ouvido falar.
 
O trecho que merece destaque.
"Além das mulheres 'erradas', aquelas que decidiram assumir o controle do próprio corpo e pagar por isso, os conventos também recebiam órfãs, além de mulheres solteiras, seja porque a família não tinha como pagar o dote para algum homem que quisesse casar com elas ou simplesmente porque ninguém se interessara. Ser mulher solteira era um estigma social tão grande quanto não ser mais virgem. Afinal, as mulheres, a não ser as viúvas, não herdavam e não podiam, quando possuíam algum, administrar os próprios bens. Ambas, a solteira e a desvirginada, eram merecedoras de desprezo social, e seu status beirava as fronteiras da prostituição." - pág. 40
 
"Júlia, na prosa, e Olavo Bilac, na poesia, eram os escritores nacionais que mais vendiam livros durante a Belle Époque brasileira. Ela fazia parte do grupo de intelectuais e literatos que fundou a Academia Brasileira de Letras em 1897, mas, por ser mulher, não pôde entrar. A vaga que seria dela ficou com o marido, o poeta Filinto de Almeida. A história só veio à tona devido às pesquisas de Michele Fanini, autora da tese de doutorado Fardos e Fardões: mulheres na Academia Brasileira de Letras (1897-2003), que descobriu uma notícia veiculada pouco antes da criação da ABL. Lúcio de Mendonça, um dos futuros acadêmicos, publicou no jornal O Estado de S. Paulo, em 1896, uma lista dos escritores que deveriam fazer parte dos fundadores da Academia. O nome de Júlia aparecia, mas posteriormente, devido à norma dessa Academia de se espelhar na francesa, o nome dela desapareceu e deu lugar ao do marido. Filinto, em entrevista ao jornalista João do Rio, foi enfático ao afirmar que quem deveria estar na Academia Brasileira de Letras não era ele, e sim ela." - pág. 243-244.
 
A nota que dou para o livro
5 - Adorei
 
Sobre o autor: Paulo Rezzutti é escritor e pesquisador paulista. Membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, trabalhou como consultor técnico na exumação dos corpos dos primeiros imperadores do Brasil. Com livros publicados sobre o período do Primeiro Reinado - Titília e Demonão: Cartas inéditas de D. Pedro à Marquesa de Santos e Domitila: A verdadeira história da Marquesa de Santos -, Rezzutti lançou pela Leya, em 2015, D. Pedro - A história não contada: o homem revelado por cartas e documentos inéditos, vencedor do Prêmio Jabuti 2016 na categoria Biografia; e, em 2017, D. Leopoldina - A história não contada: A mulher que arquitetou a Independência do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...