E para começar, coloco uma poesia que virou música interpretada na voz do cantor Fagner, escrita pela poetisia portuguesa Florbela Espanca.
FANATISMO
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não é sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida,
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isso, toda graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim...”
Flobela Espanca naceu em Viçosa no dia 08 de Dezembro de 1894 e morreu no dia que em completaria 36 anos de idade, vítima de sua terceira tentativa de suicídio, em Matosinhos, Portugal. Batizada com o nome de Flor Bela de Alma da Conceição, Florbela Espanca teve uma vida tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.
Agora você pescou um peixe!sou fã de Florbela.Como dizia Evandro do Misses na Passarela:não sou tão jovenzinho .Fui 'apresentado' à Florbela Espanca há mais de 25 anos.A beleza está em qualquer lugar, basta termos olhos para vê-la.Achamos poetas que estão escondidos e nos surpreendemos com a declaração deles. Parabéns pela ampliação do blog!Japão
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