12 de julho de 2017

Miss Universo 2005

Candidatas a Miss Universo, o concurso que sobrevive a tudo, dão duro para promover o turismo na Tailândia.

Top 5: Laura Elizondo Erhard, México (4º lugar), Cynthia Enid Olivarría Rivera, Porto Rico (2º lugar), Renata de Jesús Soñé Savery, República Dominicana (3º lugar), Natalie Glebova, Canadá (Miss Universo) e Monica Spear Mootz, Venezuela (5º lugar).
A catarinense, eleita Miss Brasil 2005, Carina Beduschi representou o país na Tailândia.

Quem é que assiste, hoje em dia, a concursos de miss? A resposta, surpreendente paras tantos brasileiros da geração ligada em modelos, é: um bocado de gente. O concurso de Miss Universo, pertencente ao americano Donald Trump e à rede de televisão NBC, é transmitido para 180 países. Segundo os organizadores, a audiência chega a 1 bilhão de pessoas, e é especialmente alta em países da América Latina. Em alguns deles, como a Venezuela, completamente fanática por concursos de beleza, bate em inacreditáveis 90%. Para sediá-lo, é preciso desembolsar uma quantia razoável - em geral são países da periferia, aspirantes à ascensão econômica e à visibilidade global, que se candidatam. Precisando desesperadamente recuperar o movimento turístico derrubado pelo tsunami de dezembro, a Tailândia investiu 6,7 milhões de dólares no concurso deste ano. Disposta a ver um retorno rápido, colocou no batente as 81 beldades. As meninas estão suando o biquíni (não gostei dessa expressão. Opinião da editora do blog) e até a coroação da nova Miss Universo, nesta terça feira 31, terão acumulado três semanas de programação intensíssima. Além de promoverem o entendimento entre os povo, contribuírem para a paz no mundo e atividades correlatas, elas visitaram trinta das 76 províncias tailandesas. Compadeceram-se de portadores de AIDS, passearam de elefante e fizeram dois desfiles de moda. A visita mais chamativa foi às praias de Phuket e Phi Phi, lugares de fama mundial pela beleza natural, fortemente afetados pelo tsunami. A mais controversa nem visita foi: era uma sessão de poses para fotos. Ao fundo, aparecia um conhecido templo budista, o que provocou intensos protestos - na Tailândia do turismo sexual e da prostituição de meninas vendidas pela família, o budismo tem uma vertente conservadora: "Eu nem vi o templo", comentou a brasileira Carina Beduschi. Outra interferência religiosa no concurso, esta muçulmana, obrigou a candidata da Indonésia Artika Sari Devi, a trocar o biquíni por um maiô inteiro. Fofocas, mesmo num ambiente fechado com 81 garotas altamente competitivas, só a ciumeira geral das atenções constantes sobre a Miss Venezuela, Monica Spear. Candidata natural à coroa pelo histórico de seu país (4 vencedoras, 33 finalistas) e pela beleza morena, ela enlouquece os fotógrafos por onde vai. Mesmo assim, a mítica do concurso persiste: "A função da Miss é ajudar a melhorar o mundo e deixar os lugares felizes", afirma convicta, a catarinense Carina.

Fonte: Revista Veja, ed. 1907 - 1º de junho de 2005 - ano 38, nº 22

2 comentários:

  1. O trio de edições formado pelos anos de 2003, 2004 e 2005 são inesquecíveis e o melhor da década passada (gosto de 2007 também).
    Bons tempos!

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  2. Amigo Nelson, não posso dizer muito desses concursos, pois estive um pouco afastada deles, só voltei a acompanhar novamente a partir de 2006 e com mais assiduidade no ano de 2007, quando Natália Guimarães brilhou no Miss Universo daquele ano.

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