28 de fevereiro de 2018

Homenagem à Miss Amapá 1982, Maria de Fátima Nunes Diniz

Olá meus queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês? Chegou ao meu conhecimento dia desses a história de Maria de Fátima Nunes Diniz, Miss Amapá em 1982. Assim como tantas mulheres violentadas e mortas por seus cônjuges, Maria de Fátima infelizmente entrou para esta estatística. Em 23 de fevereiro de 1985, teve fim uma história de ciúmes e suspeitas, que já durava dois anos. A empregada da casa achou o corpo de Maria de Fátima estendido na cama, os lençóis amarrotados, marcas de estrangulamento no pescoço. Forçada a interromper seus estudos de Administração de Empresas em Belém, Maria de Fátima mudou-se para uma ampla e confortável mansão da família Tavares Pinheiro (sobrenome de seu marido). O único filho do casal, que à época tinha quase dois anos de idade, passou a ser criado pela avó materna. Na véspera de sua morte, Fátima disse ao marido que voltaria a estudar, em Belém, e que levaria o filho. Quando Maria de Fátima foi entregar o título à sua sucessora, ela já estava noiva do homem que viria a acabar com a sua vida. Este a proibiu de usar maiô, obrigando-a a usar saia comprida na coroação de Miss Amapá 1983. Fátima se tornou uma referência na luta contra a Violência Doméstica e uma bandeira pra criminalização do feminicídio. A mãe de Maria de Fátima foi Miss Amapá em 1959, concorrendo a Miss Brasil com a Miss Distrito Federal, Vera Regina Ribeiro, eleita Miss Brasil naquele ano.

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