Tema: Poesia
Mês: Dezembro
Título: Amar se Aprende Amando
Autor do livro: Carlos Drummond de Andrade
Editora: Record
Nº de páginas: 201
Uma foto do poeta Carlos Drummond de Andrade datada do ano
de 1981.
Um coletânia de poemas.
Carlos Drummond de Andrade é meu poeta favorito e porque
gosto de poemas...
A leitura foi...
Agradável
O personagem que eu gostaria de xxxxxxxxxxx é xxxxxxxx. Por
quê? xxxxxxxxxxx
O trecho do livro que merece destaque:
O Tempo Passa? Não
Passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em coração.
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amor é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda hora.
E o nosso amor, que brotou
do tempo não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade”.
pág. 23
Sobre o autor: A marca do poeta Carlos Drummond de Andrade
surgiu na infância, quando os jesuítas o expulsaram do Colégio Anchieta, em
Nova Friburgo, sob o argumento de “insubordinação mental”. Sua poesia sempre
foi uma porta aberta a desafiar o real – busca incessante, como ele mesmo
definia, do “sentimento do mundo”.
Aos 22 anos, Drummond se aproximou de Manuel Bandeira,
Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Apesar desses laços fraternos, não chegou
a se tornar um modernista: definia-se, melhor, como um poeta que ultrapassa o
modernismo.Em 1928, publicou na Revista de Antropofagia o célebre poema “No meio do caminho”, divisor de águas em sua busca de uma poesia pessoal, que se caracteriza pelo ceticismo, por uma sutil filosofia do cotidiano e pelo primado da objetividade.
Em 1934, Drummond se mudou para o Rio de Janeiro, onde se
tornou chefe de gabinete do Ministro da Educação, Gustavo Capanema. Depois de
11 anos, transferiu-se, até a aposentadoria em 1962, para o Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A vida reclusa e metódica de
burocrata contrastava com o espírito insubordinado de sua poesia. O humor
discreto e a preocupação com a forma, porém – e com exceção de uma breve frase
em que se destaca o poema “Rosa do povo” -, o afastaram dos realistas
engajados.
Sua poesia é uma sofisticada meditação sobre o cotidiano, no
fundo do qual o poeta encontrava, sempre, um “sistema de erros” e um grande
vazio. Isso o levou a um sentimento constante de solidão que se define pelo
verso célebre do “Poema das sete faces”: “Vai, Carlos! ser gauche na vida”. Serena e contida, sua poesia guarda, muitas vezes,
um tom clássico, outro aspecto que a afasta do modernismo. A ironia delicada, a
linguagem sofisticada e o repúdio à retórica, porém, aproximam Drummond dos
modernistas.
Fonte da informação sobre o autor: 501 Grandes Escritores –
pág. 623
A nota que eu dou para o livro:
4 – Gostei bastante
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