20 de julho de 2013

Soneto do Amigo


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver o outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Querido amigo Evandro, que prazer tê-lo aqui no blog. Feliz Dia do Amigo pra você também.
      Abraços

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...