29 de maio de 2015

Miss Paraná 2015 - Candidatas










Olá meus queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês? No começo desse mês foi feito uma seletiva entre as candidatas à coroa de Miss Paraná 2015. Dessa seletiva 30 misses concorrerão ao título no mês de julho. E aqui estão elas em fotos oficiais postadas no blog do Miss Paraná.

- Almirante Tmandaré:  Ana Paula Stedile Scandelari;
- Andirá: Aline Claro de Carvalho;
- Arapoti: Maria Eduarda Silva Lacerda;
- Araruna: Lucimara de Lima Silva;
- Araucária: Miriã Caroline Pereira;
- Campina Grande do Sul: Fernanda Tavares;
- Campo Mourão: Lohana dos Santos Mormul;
- Castro: Anderly de Fátima Zargiski;
- Colombo: Maiara Pavin;
- Curitiba: Aline de Souza:
- Fazenda Rio Grande: Elizandra Iurkiv;
- Foz do Iguaçu: Djeniffer Antunes Hüller;
- Guaíra: Taine Mirele Verruck;
- Ipiranga: Natasha Maria Paes de Almeida Taques;
- Itaipulândia: Geovana Becker;
- Jacarezinho: Gabriela Feriato;
- Londrina: Caroline Felcar Piaie de Oliveira;
- Maringá: Bruna Silva Mariano;
- Medianeira: Gabriela Gallas;
- Mercedes: Ketlyn Cristine Woelfer;
- Palotina: Marina Rossato Biezus;
- Paranavaí: Elizabete Pimentel;
- Pinhais: Caroline da Cruz Rosa;
- Ponta Grossa: Mayara Maria de Cristo;
- Porecatu: Mariane Cristhina Gonçalves;
- Quatro Barras: Rafaela Torres Santana;
- São Miguel do Iguaçu: Nauana_Del_Castanhel_Conzatti;
- Santo Antônio da Platina: Ana_Flávia_Reinutti_Maiorky;
- Terra Boa: Ana Paula Farias;
- Umuarama: Rafaelly Rigioli Rocha.

Gráfico da Semana


27 de maio de 2015

Aconteceu em ... 1974


- Notícias do Brasil: incêndio no Edifício Joelma, na cidade de São Paulo, deixa mais de 190 mortos.
- Notícias do Mundo: o presidente americano Richard Nixon renuncia após escândalo que ficou conhecido como Watergate. Em Portugal o golpe militar de esquerda, que ficou conhecida como Revolução dos Cravos, encerra a era do governo autoritário.
- Miss Paraná: primeira Miss Cascavel a ganhar o título de Miss Paraná, Cilmara Maria Camargo conquistou o 5º lugar no Miss Brasil.
- Miss Brasil: dobradinha paulistana no Miss Brasil, Sandra Guimarães de Oliveira recebe das mãos de sua xará Sandra Mara Ferreira os paramentos de Miss. No Miss Universo Sandra não figurou entre as semifinalistas. Ao retornar ao Brasil a Miss renunciou ao título se intitulando "a antimiss". Recebeu a coroa em seu lugar a Miss Rio Grande do Sul, Janeta Eleomara Hoeveler.
- Miss Universo: concurso realizado em Manila, Filipinas, a espanhola Amparo Munhõz foi eleita, derrotando 64 candidatas de todo o mundo. Amparo renunciou ao título de Miss Universo meses após sua eleição. A Miss Universo 1974 faleceu em fevereiro de 2011, aos 56 anos de idade.
- Miss Mundo: esse foi um ano atípico para os concursos de beleza. Helen Morgan, que no Miss Universo havia representado o País de Gales e ficou em 2º lugar, no Miss Mundo, venceu representado o Reino Unido. Porém, teve que renunciar ao título quatro dias depois do concurso, pois descobriu-se que era mãe solteira. Em seu lugar assumiu o título a sul africana Anneline Kriel.
- Miss Beleza Internacional: a americana Karen Brucene Smith vence o Miss Beleza Internacional.

25 de maio de 2015

1808 - Laurentino Gomes

Olá meus amigos e amigas, tudo bem com vocês? Como de costume, e porque hoje é segunda, vamos a mais uma resenha. Um dos desafios desse ano que me propus a participar é o I Dare You, que estou gostando muito. O tema desse mês é Romance Histórico e já resenhei um livro aqui para esse tema - O Morro dos Ventos Uivantes (http://pontocruzpontocommisseseliteratura.blogspot.com.br/2015/05/o-morro-dos-ventos-uivantes-emily-bronte.html). Hoje a resenha é do livro do paranaense Laurentino Gomes, 1808, que foi vencedor do prêmio Jabuti em duas categorias no ano de 2008: melhor livro-reportagem e de livro do ano de não ficção.
A história conta a vinda da família real portuguesa que permaneceu no Brasil por trezes anos e trata de alguns personagens que nós não encontramos em nenhum livro de História. Gostei muito e super recomendado.

Título: 1808
Autor do livro: Laurentino Gomes
Editora: Planeta
Nº de páginas: 366

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
Nada em especial

O livro é sobre...
A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil.

 Eu escolhi esse livro porque...
Estou participando do Desafio Literário I Dare You.

A leitura foi...
Muito interessante, uma aula de História.

 O trecho do livro que merece destaque:
“Para os passageiros e tripulantes da esquadra de D. João foi um alento. Depois de quase dois meses no oceano, submetidos a uma dieta de carne salgada, biscoito seco, vinho avinagrado e água insalubre, finalmente puderam provar refrescos e alimentos saudáveis. Eram espécies tropicais, de aspecto, consistência e sabor como jamais experimentado em Portugal. E foi assim, na forma dos frutos de sua pródiga e exuberante natureza, que o Brasil se apresentou a D. João e sua corte refugiada dos tormentos da guerra na Europa.” (pág. 101)

“Carlota, as filhas princesas e outras damas da corte tinham desembarcado com as cabeças raspadas ou cabelos curtos, protegidas por turbantes, devido à infestação de piolhos que havia assolado os navios durante a viagem. Tobias Monteiro conta que, ao ver as princesas assim cobertas, as mulheres do Rio de Janeiro tiveram uma reação surpreendente. Acharam que aquela seria a última moda na Europa. Dentro de pouco tempo, quase todas elas passaram a cortar os cabelos e a usar turbantes para imitar as nobres portuguesas.” (pág. 132)

A nota que eu dou para o livro:
3 – Gostei muito

Sobre o autor:
Laurentino Gomes, paranaense de Maringá, é membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, fez pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo e cursos de especialização na Inglaterra e nos Estados Unidos. Em 32 anos de profissão, trabalhou como repórter e editor para alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Veja. Com o livro 1808, ganhou o prêmio Jabuti, considerado o mais tradicional prêmio de literatura do Brasil, em duas categorias: de melhor livro-reportagem e do Livro do Ano de não ficção. A obra recebeu também o prêmio de Melhor Ensaio, Crítica ou História Literária de 2008 da Academia Brasileira de Letras.

20 de maio de 2015

Aconteceu em... 1973


- Notícias do Brasil: o General Ernesto Geisel, presidente da Petrobrás, é lançado candidato a Presidente do Brasil.
- Notícias do Mundo: o Presidente chileno Salvador Allende é morto após golpe militar que empossa o ditador Augusto Pinochet.
- Miss Paraná: após um período de 4 anos, Curitiba volta a eleger uma Miss Paraná. É Adla Maria Ferreira Nagli.
- Miss Brasil: a paulista Sandra Mara Ferreira, estudante de Medicina venceu o Miss Brasil. No Miss Universo Sandra figurou entre as semifinalistas. No embarque para disputar a coroa de Miss Universo, um susto tomou conta dos brasileiros: a Miss Brasil deveria ter embarcado num voo da Varig que se acidentou. Mas Sandra havia perdido esse voo.
- Miss Universo: concurso disputado na Grécia, com cenário ao ar livre, a Miss Filipinas Margarita Moran leva o segundo título para seu país. O primeiro foi com Gloria Diaz em 1969.
- Miss Mundo: a vencedora desse ano foi a Miss Estados Unidos Marjorie Wallace, que recebeu a coroa de Belinda Green. Alguns meses depois, Marjorie foi "demitida" do cargo de Miss Mundo por não cumprir as exigências da organização do concurso. O título não foi oferecido a nenhuma de suas vices.
- Miss Beleza Internacional: a Miss Finlândia Tuula Anneli Björkling vence o concurso por seu país, sendo a primeira e única até o momento a conquistar esse título. No ano anterior a Miss Beleza Internacional participou do concurso Miss Mundo ficando entre as semifinalistas.

17 de maio de 2015

O Reencontro das Misses 1985 Trinta Anos Depois

Queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês? Todos sabem da minha paixão pelos concursos de beleza e aqui no blog tem espaço garantido em torno desse assunto. No facebook foi criado o grupo Miss Brasil 1985 com fotos e tudo mais das misses que participaram daquele concurso. E essas misses estão preparando um encontro para reuni-las 30 anos depois. As misses estão preparando vários festejos para celebrar essa data tão especial do Concurso Miss Brasil, em São Paulo. Entre os dias 11 e 13 de junho, as misses ficarão hospedadas no Hotel Le Premier Suítes e farão uma noite especial na casa noturna Panorama. Antes, porém, as misses passarão uma tarde da beleza no Estúdio 3. Muita badalação a caminho! Aguardem, depois conto mais detalhes.

13 de maio de 2015

Aconteceu em... 1972


- Notícias do Brasil: a TV em cores chega ao Brasil. Morre a atriz Leila Diniz, aos 27 anos, vítima de acidente aéreo quando voltava de uma viagem à Austrália.
- Notícias do Mundo: escândalo Watergate, o início  da queda do Presidente Nixon. Massacre em Munique: celebração da paz nos Jogos Olímpicos termina com 9 atletas de Israel mortos.
- Miss Paraná: a nova Miss Paraná eleita é Maria Dolores Bordin Perez, de Paranavaí.
- Miss Brasil: Rejane Vieira Costa, do Rio Grande do Sul venceu o concurso e foi disputar a coroa de Miss Universo. Voltou com o segundo lugar. Após entregar o título e de trabalhar como modelo Rejane, com o sobrenome artístico de Goulart, atuou como atriz em algumas novelas da Rede Globo de Televisão. Rejane faleceu em dezembro de 2013, vítima de AVC (acidente vascular cerebral), aos 59 anos de idade.
- Miss Universo: realizado pela primeira vez em Porto Rico, o concurso teve 61 participantes. A australiana Kerry Anne Wells vence o Miss Universo e recebe a coroa das mãos da Miss Universo 1970, Marisol Malaret, pois sua antecessora, Georgina Rizki não pode comparecer ao evento devido aos atentados terroristas da época.
- Miss Mundo: dobradinha australiana: Belinda Green, vice de Kerry Anne Wells no Miss Austrália, foi coroada a Miss Mundo desse ano. A paulista Ângela Maria Favi que ficou em 2º lugar no Miss Brasil não obteve classificação nesse concurso.
- Miss Beleza Internacional: a vencedora foi a Miss da Grã Bretanha, Linda Hooks. A brasileira Jane Vieira Macambira que no Miss Brasil representou o Estado da Guanabara, obtendo o 3º lugar, voltou com a 4ª colocação.

11 de maio de 2015

O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

Olá meus queridos amigos e amigas, tudo bem com vocês? Chegando mais uma resenha fresquinha para postar, dessa vez com a leitura do livro O Morro dos Ventos Uivantes. Taí uma história que há tempos queria ler e finalmente, graças a dois desafios que estou participando, surgiu a oportunidade. Eu diria que é uma história fascinante, espero que gostem da resenha.

Título: O Morro dos Ventos Uivantes
Autor do livro: Emily Brontë
Editora: Lua de Papel
Nº de páginas: 292

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi...
Nada em especial.

O livro é sobre...
Dois jovens que são criados juntos e acabam se apaixonando.

O Morro dos Ventos Uivantes, em sua terceira versão para o cinema, com a atriz Kaya  Scodelario no papel de Catherine.
 
Eu escolhi esse livro porque...
Faz parte de dois desafios literários que estou participando.

A leitura foi...
Interessante.

O trecho do livro que merece destaque:
“O Sr. Edgar raramente tinha coragem para visitar abertamente o Morro dos Ventos Uivantes. Tinha pavor da reputação de Earnhaw e tremia de medo, sempre que pensava em encontra-lo, apesar de receber de nossa parte as melhores provas de civilidade; até o próprio patrão , sabendo por que ele vinha, evitava ofendê-lo e, se não conseguia ser amável, então não aparecia. Penso que as visitas do rapaz eram sobretudo uma preocupação para Catherine. Não era hipócrita, nem dada a namoricos , e percebia-se que detestava juntar seus dois amigos: quando Heatcliff fazia troça de Linton na frente dele, ela não ousava aderir, como fazia na sua ausência; e quando Linton expressava repulsa e antipatia por Heatcliff, ela não se atrevia a mostrar indiferença, como se as críticas feitas ao amigo de infância não tivessem para ela qualquer importância.” (pág. 62 ).

A nota que eu dou para o livro:
4- Gostei bastante.

Sobre a autora: Emily Jane Brontë nasceu em 30 de julho de 1818. Seu único livro O Morro dos Ventos Uivantes, escrito em 1847, é hoje considerado um clássico da literatura mundial. Tinha mais duas irmãs: Charlotte, a mais velha e Anne, a mais nova. É das três irmãs, a que menos se têm informações, vivendo reclusa e introvertida. Charlotte Brontë, no seu prólogo para a edição de O Morro dos Ventos Uivantes de 1850, falou da relação da irmã com as pessoas: ‘Embora seus sentimentos pelos que a cercavam fossem benevolentes, relações com eles ela nunca procurou, nem, com poucas exceções, as experimentou. E mesmo assim ela os conhecia: sabia seus costumes, sua linguagem, a história de suas famílias; podia ouvir sobre eles com interesse, e falar deles com detalhes (...); porém, com eles, raramente trocou uma palavra.’
Emily Brontë morreu de tuberculose em 19 de dezembro de 1848, aos 30 anos de idade, um ano depois de escrever seu único livro.

Este livro é par os desafios:


6 de maio de 2015

Aconteceu em... 1971


- Notícias do Brasil: o embaixador da Suíça no Brasil Giovanni Enrico Bucher é libertado pelo grupo guerrilheiro de esquerda Vanguarda Popular Revolucionário - VRP depois de ser trocado por 70 prisioneiros políticos.
- Notícias do Mundo: o paquete francês Antilles incendeia-se, no mar das Caraíbas, com 658 pessoas a bordo. O Queen Elisabeth II, que se encontrava nas proximidades, recolheu centenas de passageiros e tripulantes que andavam à deriva em jangadas e baleeiras, depois de terem fugido do paquete em chamas.
- Miss Paraná: de Ibaiti, vence Mariza Meyer Costa que vai disputar o título de mais bela no Maracanãzinho. Volta com o 3º lugar.
- Miss Brasil: após dez anos, Minas Gerais volta a eleger uma miss. Eliane Parreira Guimarães recebe os paramentos de Miss Brasil 1971 de sua xará Eliane Fialho Tompson. Eliane Guimarães volta do Miss Universo com a quinta colocação.
- Miss Universo: pela primeira vez uma libanesa é eleita Miss Universo, Gerogina Rizki é coroada por Marisol Malaret. No ano anterior a Miss Universo 1971 havia participado do Miss Mundo sem obter classificação.
- Miss Mundo: o Brasil está em festa: pela primeira vez uma brasileira é eleita Miss Mundo. Lúcia Tavares Petterle, que no Miss Brasil representou o Estado da Guanabara e ficou em 2º lugar, traz a coroa para o nosso país. Lúcia é a única brasileira até o momento a obter esse título.
- Miss Beleza Internacional: nesse ano a eleita foi a neozelandesa Jane Cheryl Hansen, a única eleita com esse título por seu país até o momento. O Brasil mais uma vez não pode ser representado pois a eleição para a Miss Brasil aconteceu após a data do concurso Miss Beleza Internacional. A escolhida para representar o Brasil seria a paranaense Marize Meyer Costa que ficou em 3º lugar, mas isso não ocorreu.

4 de maio de 2015

José de Alencar - Biografia

José Martiniano de Alencar, advogado, jornalista, político, orador, romancista e teatrólogo, nasceu em Messejana, CE, em 1º de maio de 1829. É o patrono da Cadeira n. 23, por escolha de Machado de Assis.
Era filho do padre, depois senador, José Martiniano de Alencar e de sua prima Ana Josefina de Alencar, com quem formara uma união socialmente bem aceita, desligando-se bem cedo de qualquer atividade sacerdotal. E neto, pelo lado paterno, do comerciante português José Gonçalves dos Santos e de D. Bárbara de Alencar, matrona pernambucana que se consagraria heroína da revolução de 1817. Ela e o filho José Martiniano, então seminarista no Crato, passaram quatro anos presos na Bahia, pela adesão ao movimento revolucionário irrompido em Pernambuco.
As mais distantes reminiscências da infância do pequeno José mostram-no lendo velhos romances para a mãe e as tias, em contato com as cenas da vida sertaneja e da natureza brasileira e sob a influência do sentimento nativista que lhe passava o pai revolucionário. Entre 1837-38, em companhia dos pais, viajou do Ceará à Bahia, pelo interior, e as impressões dessa viagem refletir-se-iam mais tarde em sua obra de ficção. Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde o pai desenvolveria carreira política e onde frequentou o Colégio de Instrução Elementar. Em 1844 vai para São Paulo, onde permanece até 1850, terminando os preparatórios e cursando Direito, salvo o ano de 1847, em que faz o 3º ano na Faculdade de Olinda. Formado, começa a advogar no Rio e passa a colaborar no Correio Mercantil, convidado por Francisco Otaviano de Almeida Rosa, seu colega de Faculdade, e a escrever para o Jornal do Commercio os folhetins que, em 1874, reuniu sob o título de Ao correr da pena. Redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro em 1855. Filiado ao Partido Conservador, foi eleito várias vezes deputado geral pelo Ceará; de 1868 a 1870, foi ministro da Justiça. Não conseguiu realizar a ambição de ser senador, devendo contentar-se com o título do Conselho. Desgostoso com a política, passou a dedicar-se exclusivamente à literatura.
 A sua notoriedade começou com as Cartas sobre a Confederação dos Tamoios, publicadas em 1856, com o pseudônimo de Ig, no Diário do Rio de Janeiro, nas quais critica veementemente o poema épico de Domingos Gonçalves de Magalhães, favorito do Imperador e considerado então o chefe da literatura brasileira. Estabeleceu-se, entre ele e os amigos do poeta, apaixonada polêmica de que participou, sob pseudônimo, o próprio Pedro II. A crítica por ele feita ao poema denota o grau de seus estudos de teoria literária e suas concepções do que devia caracterizar a literatura brasileira, para a qual, a seu ver, era inadequado o gênero épico, incompatível à expressão dos sentimentos e anseios da gente americana e à forma de uma literatura nascente. Optou, ele próprio, pela ficção, por ser um gênero moderno e livre.
Ainda em 1856, publicou o seu primeiro romance conhecido: Cinco minutos. Em 1857, revelou-se um escritor mais maduro com a publicação, em folhetins, de O Guarani, que lhe granjeou grande popularidade. Daí para frente escreveu romances indianistas, urbanos, regionais, históricos, romances-poemas de natureza lendária, obras teatrais, poesias, crônicas, ensaios e polêmicas literárias, escritos políticos e estudos filológicos. A parte de ficção histórica, testemunho da sua busca de tema nacional para o romance, concretizou-se em duas direções: os romances de temas propriamente históricos e os de lendas indígenas. Por estes últimos, José de Alencar incorporou-se no movimento do indianismo na literatura brasileira do século XIX, em que a fórmula nacionalista consistia na apropriação da tradição indígena na ficção, a exemplo do que fez Gonçalves Dias na poesia. Em 1866, Machado de Assis, em artigo no Diário do Rio de Janeiro, elogiou calorosamente o romance Iracema, publicado no ano anterior. José de Alencar confessou a alegria que lhe proporcionou essa crítica em Como e porque sou romancista, onde apresentou também a sua doutrina estética e poética, dando um testemunho de quão consciente era a sua atitude em face do fenômeno literário. Machado de Assis sempre teve José de Alencar na mais alta conta e, ao fundar-se a Academia Brasileira de Letras, em 1897, escolheu-o como patrono de sua Cadeira.
Sua obra é da mais alta significação nas letras brasileiras, não só pela seriedade, ciência e consciência técnica e artesanal com que a escreveu, mas também pelas sugestões e soluções que ofereceu, facilitando a tarefa da nacionalização da literatura no Brasil e da consolidação do romance brasileiro, do qual foi o verdadeiro criador. Sendo a primeira figura das nossas letras, foi chamado “o patriarca da literatura brasileira”. Sua imensa obra causa admiração não só pela qualidade, como pelo volume, se considerarmos o pouco tempo que José de Alencar pôde dedicar-lhe numa vida curta. Faleceu no dia 12 de dezembro de 1877 no  Rio de Janeiro, de tuberculose, aos 48 anos de idade.

Bibliografia:

- Cartas sobre a Confederação dos Tamoios (1856);
- O Guarani (1857);
- Cinco minutos (1857);
- Verso e reverso (1857);
- A noite de São João (1857);
- O demônio familiar (1858);
- A viuvinha (1860);
- As asas de um anjo (1860);
- Mãe (1862);
- Lucíola (1862);
- Os filhos de Tupã (1863);
- Escabiosa (sensitiva) (1863);
- Diva (1864); Iracema (1865);
- Cartas de Erasmo (1865);
- As minas de prata (1865);
- A expiação (1867);
- O gaúcho (1870);
- A pata da gazela (1870);
- O tronco do ipê (1871);
- Sonhos d'ouro (1872);
- Til (1872);
- O garatuja (1873);
- A alma de Lázaro (1873);
- Alfarrábios (1873);
- A guerra dos mascates (1873);
- Voto de graças (1873);
- O ermitão da Glória (1873);
- Como e porque sou romancista (1873);
- Ao correr da pena (1874);
- O nosso cancioneiro (1874);
- Ubirajara (1874);
- Senhora (1875);
- Encarnação (1893, póstumo).
- Obra completa, Rio de Janeiro: Ed. Aguilar, 1959.
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