6 de outubro de 2014

Palavra de Pessoa

Para o português Fernando Pessoa, a poesia era a melhor forma de viver a vida.

Fernando Pessoa, que nasceu em 1888, em Lisboa, Portugal, teve uma vida pacata, sem grandes acontecimentos e emoções. Seu talento, entretanto, nada teve em comum, fazendo com que fosse considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, comparado a Luis de Camões. Pessoa expressava pela poesia o que sentia.
Ficou conhecido por seus diversos heterônimos - estima-se que foram mais de 120 - personalidades com características poéticas distintas do Pessoa "original", que assumiam identidade completas, com data de nascimento, profissão, descrições físicas e preferências políticas. Os mais conhecidos foram Alberto Caieiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
A popularidade de seus "personagens" foi tão grande que o escritor José Saramago escreveu o livro O Ano da Morte de Ricardo Reis para dar continuidade, após a morte de Pessoa, na vida desse heterônimo do poeta que, diferente dos demais, não possuía data de falecimento.
Seu estilo foi marcante. Economizava em adjetivos, abusava das vírgulas e alguns de seus temas de inspiração eram o cotidiano, o amor, a vida e a morte, o existir e o pensar, a busca da felicidade, as emoções e, como todo poeta, a melancolia.
Solitário e reservado, passou a vida trabalhando como tradutor. Também contribuía com artigos para diversas revistas. Escrever era sua grande paixão e para isso dedicou grande parte de seu tempo. Deixou um legado literário que acumulava em um baú, mais de 25 mil folhas com poesia, peças, traduções, críticas e tudo mais que viesse da soma das palavras. Todo esse vasto e rico conteúdo hoje faz parte do espólio de Pessoa na Biblioteca Nacional de Lisboa. Uma boa parte de sua obra ainda não foi publicada.  

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